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Com nova variante da Covid-19, bolsas mundiais caem mais de 4%

Com alta de casos da Covid-19, China aumenta pressão em Xangai e Pequim - Foto: Pixabay

Com alta de casos da Covid-19, China aumenta pressão em Xangai e Pequim - Foto: Pixabay

Com a nova variante da Covid-19, as bolsas mundiais amanhecem em quedas drásticas nesta sexta-feira (26), com abertura em queda de quase 4% em Paris e 3,3% em Milão.

No premarket americano, os investidores sinalizam quedas na abertura de volta do feriado, com baixa de 2,3% no Dow Jones. Segundo os especialistas, apesar da ainda não se saber muita coisa sobre a variante, é destacado que trata-se de uma das mais potentes mutações da Covid-19.

A B.1.1.529 tem características incomuns e apresenta sinais de uma transmissibilidade muito maior do que as demais.

A África do Sul já confirmou cerca de 100 espécimes como B.1.1.529, mas a variante também foi encontrada em Botswana e Hong Kong.

Veja como amanhecem as bolsas mundiais

Na província de Guteng, onde ela foi identificada, especialistas acreditam que até 90% dos casos novos de poderiam ser da B.1.1.529.

Em coletiva recente, o professor Tulio de Oliveira, que é diretor do Centro para Resposta Epidêmica e Inovação, na África do Sul, disse que foram localizadas 50 mutações na variante, sendo delas mais de 30 na proteína spike, o que caracteriza a transmissibilidade.

“Esta variante nos surpreendeu, ela deu um grande salto na evolução [e traz] muitas mais mutações do que esperávamos”, disse ele.

A preocupação maios é com a imunização, visto que as vacinas foram produzidas visando a cepa original do vírus, de Wuhan, na China.

O fato da variante africana ter tantas mutações em relação ao vírus inicial pode significar que as vacinas não funcionem tão bem.

Além disso, países da Europa estão sofrendo mais nas últimas semanas com a quebra do recorde de casos diários, estudando a possibilidade de medidas mais restritivas.

Alemanha passou perto de um Lockdown

A Alemanha decidiu por restrições mais duras com relação à alta de casos da Covid-19, apesar de ter evitado um fechamento completo do país.

Com uma 5ª onda em curso, o país enfrenta as restrições mais duras em meio a infecções diárias recordes e à pressão crescente sobre os hospitais.

Olaf Scholz, chanceler da Alemanha, disse nesta quarta (24) que a situação de Covid é grave e que o país pressionaria massivamente sua campanha de vacinação, observando que “a vacinação é a saída para esta pandemia”.

Scholz afirmou que a Alemanha “deve tornar a vacinação obrigatória para certos grupos“, sem declarar quais grupos, enquanto o novo ministro das Finanças, Christian Lindner, lembrou que os alemães devem evitar todos os contatos desnecessários neste inverno “para preservar toda a nossa saúde nesta pandemia”.

O ministro da saúde alemão que está de saída do cargo, Jens Spahn, disse que até o fim do inverno toda a população da maior economia europeia está vacinada, recuperada ou morta.

Continente é epicentro da 5ª onda da Covid-19

Com aumento das contaminações, nesta última sexta (26), a Alemanha registra um total de 75  mil casos da Covid-19.

Neste contexto, o continente inteiro repensa a sua estratégia de combate ao coronavírus após o parecer da Organização Mundial da Saúde (OMS), que classificou a região como atual epicentro da pandemia.

Desta forma, após um relaxamento das restrições por causa da alta da vacinação, os países europeus podem voltar a adotar medidas sanitárias.

Com os recordes de casos diários quebrados pela Alemanha, o país ainda pode obrigar a população a apresentar um comprovante de vacinação ou recuperação recente do vírus, ou um teste negativo para Covid-19. Esta informação foi apurada pela agência Reuters, que obteve um rascunho de uma reunião de autoridades alemãs.

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