Nissan entra com ação contra Ghosn e pede indenização de US$ 90 mi

A Nissan Motor entrou com um processo, nesta quarta-feira (12) no Japão, contra seu ex-diretor Carlos Ghosn. A fabricante de automóveis quer uma indenização pelo valor de US$ 90 milhões (R$ 390 milhões) para cobrar os prejuízos financeiros gerados pela má conduta de Ghosn, segundo uma fonte ligada ao processo.

Desse modo, trata-se de mais um capítulo sobre a relação conflituosa entre a montadora japonesa e o brasileiro. Em julho de 2019, o ex-diretor entrou com uma ação contra a Nissan na Justiça da Holanda, pedindo 15 milhões de euros (R$ 70 milhões), por conta das acusações de má conduta financeira que sofreu.

Ghosn diz que nunca deveria ter sido preso

O ex-presidente da aliança entre Renault e Nissan Carlos Ghosn afirmou durante uma entrevista coletiva no Líbano, em janeiro, que nunca deveria ter sido preso.

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“As alegações são falsas e eu nunca deveria ter sido preso. Estou aqui para limpar meu nome”, afirmou o ex-executivo da Nissan. Carlos Ghosn disse ainda que “os princípios dos direitos humanos foram violados” com sua prisão. Isso porque, segundo ele, a justiça japonesa segurou os seus documentos de defesa.

Ghosn afirmou que a queda no desempenho da Nissan, há três anos, foi o precursor da perseguição contra ele. O executivo foi alvo de quatro acusações por crimes financeiros no Japão. No país, o magnata vivia sob prisão domiciliar desde abril de 2019.

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Carlos Ghosn também disse que não vai ser “mais ser refém de um sistema judicial japonês fraudulento em que se presume culpa, onde direitos humanos básicos são negados”. Ele ainda acrescentou que não fugiu da justiça e sim escapou da injustiça e da perseguição política. “Agora posso finalmente me comunicar livremente com a mídia e estou ansioso para começar na próxima semana”, reiterou.

Poliana Santos

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