Fintech do Mercado Livre (MELI34), Mercado Pago anuncia aumento da remuneração da conta digital

O Mercado Pago, a fintech do Mercado Livre (MELI34), anunciou nesta terça-feira (5) à imprensa que vai aumentar o rendimento a usuários que depositem ou recebam ao menos R$ 1 mil por mês dentro da instituição.

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Segundo a empresa, o saldo parado na conta do Mercado Pago passará a render 105% do CDI a partir do primeiro dia em que entrar na conta do usuário, comparado aos 100% do CDI de antes. Para quem não atingir o valor estipulado, o rendimento continuará sendo de 100%. A companhia anunciou que vai lançar uma campanha de marketing ampla para divulgar a novidade.

Ignacio Estivariz, head de banco digital do Mercado Pago, pontuou que um dos grandes diferenciais da fintech é oferecer conta com rendimento desde o primeiro dia para o usuário. 

“Vamos na contramão de alguns bancos, que estão retirando esse rendimento”, disse, fazendo uma referência a concorrentes como o Nubank (ROXO34), que reduziu a remuneração do dinheiro parado em sua conta em julho de 2022, quando passou a remunerar 100% do CDI apenas após 30 dias na conta.

“Cada vez mais os usuários estão falando que o Mercado Pago é o banco principal deles”, completa.

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CEO do Mercado Pago: “Iniciativa pode acelerar concessão de crédito

Sem comentar o impacto para o custo de funding da operação, o novo vice-presidente sênior do Mercado Pago no Brasil, André Chaves – ex-vice presidente sênior de Estratégia, Relações com Investidores e Sustentabilidade do Mercado Livre – ressaltou que a opção de rentabilização da conta trará um retorno positivo. 

“A gente entende que é investimento com ótimo payback. O fato de a gente estar na contramão do mercado em relação à remuneração da conta tem sido muito sustentável”, avaliou.

Ainda de acordo com Chaves, o aumento dos saldos de depósitos também pode ajudar o Mercado Pago a acelerar a concessão de crédito, mas que não depende apenas disso. “A ideia é ganhar usuários através da proposta de valor, que seja sustentável no médio e longo prazo e atenda às necessidades financeiras”, acrescentou.

Chaves disse também que para 2024, a fintech vê uma aceleração no cartão de crédito, bem como do crédito ao consumidor, com penetração maior em segmentos de média e alta renda. Ele afirmou ter visto uma melhora da tecnologia da companhia de análise de crédito, com uma capacidade melhor de enxergar risco. 

“Seguimos cautelosos no alto risco, que não necessariamente é baixa renda, mas tem vários segmentos da economia que estão prontos para acelerar e achamos que a gente consegue separar bem o joio do trigo”, completou o vice-presidente sênior do Mercado Pago no Brasil.

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Giovanni Porfírio Jacomino

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