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Mercado de ETFs deve atingir US$ 18 trilhões em 2026, diz pesquisa

Nos EUA, ETFs podem distribuir dividendos aos cotistas, ao passo que no Brasil as gestoras reinvestem os proventos por conta das regras regulatórias - Foto: Divulgação

Nos EUA, ETFs podem distribuir dividendos aos cotistas, ao passo que no Brasil as gestoras reinvestem os proventos por conta das regras regulatórias - Foto: Divulgação

Estudo da consultoria e auditoria PwC mostra que os ETFs (Exchange Traded Fund) devem atingir US$ 18 trilhões até o final de 2026, com produtos de renda fixa, criptomoedas e ESG (ambiental, social e de governança) liderando as tendências. O estudo ouviu 80% da indústria global e foi publicado no Brasil, divulgado pelo site Valor Investe.

De acordo com a PwC, o mercado internacional de ETF quase triplicou nos últimos cinco anos, atingindo US$ 10 trilhões em 2021, ante os US$ 3,3 trilhões em 2016.

Foram consultados, segundo informou o Valor Investe, 60 profissionais, entre gestores de ETFs e fundos ativos, formadores de mercado e prestadores de serviços, que representam 80% dos ETFs globais.

Para os profissionais dos Estados Unidos consultados pela pesquisa, 89% acreditam que os ETFs de renda fixa terão alta demanda nos próximos dois ou três anos. Os temáticos também ganharam destaque, citados por 71% dos profissionais: 25% dizem planejar lançar ETFs de criptomoedas — se eles forem regulados — no próximo um ano e meio.

Na Europa, os temáticos tomaram a dianteira com 82% dos executivos citando esses fundos, enquanto os de renda fixa foram lembrados por 76%. O interesse por criptomoedas é maior entre profissionais da Europa: 46% afirmam planejar um lançamento no próximo um ano e meio. A regulação de ativos digitais está mais avançada no continente, o que favorece a menção no estudo.

O ESG também foi recorrente, com 46% dos entrevistados afirmando que mais da metade dos ETFs a serem lançados no próximo ano serão focados em ativos de voltados ao ambiental, social e de governança.

Brasil ainda tem pouca presença no mercado de ETF

O Brasil não teve presença na pesquisa global. Segundo Caio Arantes, o sócio da PwC Brasil, o país ainda tem participação pequena neste mercado – não chega a 1% do mercado global. Mas o executivo afirma que a indústria cresce no Brasil e deve apresentar as mesmas tendências dos americanos e europeus.

Arantes afirma que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está atenta a esse mercado, que não fica atrás quando comparada aos similares internacionais.

“Com o tempo, as pessoas vão entender o que os ETFs são, especialmente quando os grandes bancos começarem a distribuir ao varejo”, disse Arantes. “ETFs atrelados a criptomoedas e a ESG tendem a se popularizar com baste força aqui também.”

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