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Mercado de trabalho aquecido sustenta economia dos EUA, segundo Mario Mesquita

Mário Mesquita, do Itaú, ressalta que apesar da inflação, dados do índice da instituição apontam emprego em vias de recuperação - Foto: Divulgação

Mário Mesquita, do Itaú, ressalta que apesar da inflação, dados do índice da instituição apontam emprego em vias de recuperação - Foto: Divulgação

Mario Mesquita, economista-chefe do Itaú Unibanco, disse na manhã desta terça-feira (20) que o mercado de trabalho aquecido nos EUA sustenta a economia norte-americana.

Em São Paulo, no evento Macroeconomia em Pauta, organizado pelo Itaú, Mesquita foi questionado pela imprensa sobre o cenário e a desaceleração global e o papel dos EUA.

EUA em meio ao cenário internacional

Sobre uma possível recessão global, Mesquita disse: “Ela pode acontecer, no entanto, você tem, por exemplo, nos Estados Unidos ainda o mercado de trabalho bastante aquecido. Isso significa que o consumidor americano vai seguindo às compras”.

“Tirando algum evento financeiro, um choque que abale muito a confiança, isso sustenta a atividade econômica na economia americana, ainda que com desaceleração, o qual ele evita uma recessão”.

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Mesquita comentou sobre o corte de juros do Federal Reserve (FED). Segundo ele, “isso vai ter um impacto, não é de curto prazo. Já para a segunda metade do ano que vem, isso vai começar a ajudar. O período mais perigoso serão os próximos dois ou três trimestres, quando os efeitos do corte de juros ainda não estarão materializados”.

Quando questionado sobre a possibilidade de uma guerra cambial, Mesquita afirma: “Trump declama muito sobre a depreciação das outras moedas, mas é mais uma questão de força do dólar do que manipulação das moedas. Dito isso, o histórico de intervenção cambial em economias maduras, primeiro, é muito raro, segundo, só funciona quando elas chegam a um acordo. (…) Acordos de coordenação de políticas para fazer determinados movimentos cambiais”.

“O curioso é que acordo com vários outros países não é muito o estilo do Trump. Sozinho é difícil ele conseguir mudar a tendência do dólar.”

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Segundo Mesquita, o que pode mudar fortemente a tendência da moeda dos EUA é “se o FED passasse a perseguir uma determina trajetória do dólar, mas aí abandonaria completamente o arcabouço de política monetária que ele ter perseguido há vários anos, o que não parece ser o caso”

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