Magazine Luiza (MGLU3) acelera e fecha em forte alta no Ibovespa; veja por quê

As ações de Magazine Luiza (MGLU3) subiram forte nesta sexta-feira (3), em linha com perspectivas positivas em relação ao movimento das taxas de juros no exterior, o que impacta setores mais sensíveis e cíclicos, caso do varejo.

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No fechamento, as ações de Magazine Luiza subiram 7,53%, cotadas a R$ 1,57.

Cotação MGLU3

Gráfico gerado em: 03/05/2024
1 Dia

De acordo com Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos, o avanço nas ações do Magalu está diretamente relacionado ao fato de que o papel é muito sensível à taxa de juros.

Ele explica que, como boa parte das expectativas quanto à taxa de juros no mercado norte-americano mudou nos últimos dias – após falas de Jerome Powell, presidente do BC dos EUA -, o mercado olha com mais interesse papéis relacionados ao setor de varejo e consumo.

“Vale lembrar que também tivemos hoje a divulgação do payroll (dados de emprego nos EUA). Os dados afastaram algumas preocupações sobre a taxa de juros e inclusive aumentaram as apostas para um corte possível em setembro”, explica.

“Como as economias possuem uma relação direta e acabam sendo impactadas pela taxa de juros de outros países como os EUA, é natural que entre um movimento mais comprador nesse tipo de papel das varejistas”, acrescenta.

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Magazine Luiza aprova grupamento de ações: o que isso significa para o investidor?

O grupamento de ações do Magazine Luiza foi aprovado em assembleia geral ordinária e extraordinária realizada na semana passada. Mas qual o impacto desse movimento da varejista terá para investidores e também para a própria empresa?

“Para os investidores, esse grupamento pode significar uma redução da volatilidade, pois ações com preços mais altos tendem a ser menos voláteis. Isso é positivo para aqueles que buscam estabilidade em seus investimentos”, descreve Nilson Marcelo, analista quantitativo da CM Capital.

Além disso, um preço por ação mais alto pode melhorar a percepção de mercado sobre a empresa, uma vez que investidores podem ver o aumento de preço como um sinal de qualidade ou estabilidade, o que é psicologicamente atrativo, diz o analista.

“Outro ponto é que o grupamento do Magazine Luiza pode tornar as ações mais acessíveis para investidores institucionais, que muitas vezes têm políticas que exigem um preço mínimo por ação”, acrescenta.

Vale lembrar que com esse grupamento o capital social do Magazine Luiza passou a ser dividido em 738,995 milhões de ações ordinárias, de modo que todas elas são nominativas, escriturais e sem valor nominal. Por outro lado, o montante desse capital continua em R$ 13,802 bilhões.

Além disso, os investidores poderão ajustar suas posições nas ações MGLU3 em lotes múltiplos de 10, dentro do período compreendido entre 25 de abril e 24 de maio de 2024. Esses ajustes podem ser realizados por meio da negociação privada ou na própria Bolsa de Valores brasileira.

As ações do Magazine Luiza serão negociadas apenas de maneira grupada a partir de 27 de maio de 2024, que é a data da primeira sessão depois do encerramento do prazo para realizar o livre ajuste das posições acionárias.

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Giovanni Porfírio Jacomino

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