O até então presidente da Light Sesa, a distribuidora da Light (LIGT3) renunciou ao seu cargo, conforme comunicado no sábado (17).
Juntamente com a renúncia à presidência da distribuidora, o executivo Thiago Freire Guth também renunciou ao cargo que tinha no Conselho de Administração da Light.
Segundo o comunicado da empresa, arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Thiago seguirá em ambas as funções até o fim de junho.
A empresa ainda não comunicou quem irá substituí-lo interinamente, tampouco como funcionará a sucessão para ambos os cargos deixados.
Vale lembrar que Thiago ocupava a presidência da distribuidora deixada por Octavio Pereira Lopes há dois meses, em meados de abril, juntamente com a renúncia ao cargo de presidente da geradora.
Todavia, Lopes segue presidindo a holding que controla tanto a geradora quanto a distribuidora.
Light: bilionário e ‘rei das crises’ virou acionista majoritário
Em meio ao recente pedido de recuperação judicial e o imbróglio com credores, a Light (LIGT3) acabou de ter sua estrutura de governança alterada.
Nelson Tanure agora possui 21,8% das ações da Light, ultrapassando o até então maior acionista da empresa, Ronaldo Cezar Coelho – que detém 20% do capital da empresa.
Tanure tinha 7% da empresa, passou para 10% ainda em maio, e logo aumentou a exposição para 15%, antes desta nova aquisição.
“Conforme a correspondência enviada, a WNT esclarece que a referida participação foi adquirida com o objetivo de aumentar a exposição dos fundos de investimento sob sua gestão, não havendo, contudo, qualquer acordo ou contrato regulando o exercício do direito de voto ou a compra e venda de valores mobiliários de emissão da Companhia por parte dos fundos, exceto no que diz respeito ao manual de exercício de direito de voto da WNT”, diz o comunicado ao mercado da Light.
Segundo apuração do jornal Valor Econômico, o empresário tem intenção de capitalizar R$ 1 bilhão na empresa, permitindo um alongamento de dívidas, ou uma eventual conversão das mesmas em ações.
O movimento na Light segue a estratégia usual de Tanure de comprar ações de companhias em crise, como o ocorreu com a Oi (OIBR3) em meados de 2016 e com a Alliar (AALR3)
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