Lemann, um dos homens mais ricos do Brasil, aposta em educação

O bilionário brasileiro Jorge Paulo Lemann acaba de dobrar sua aposta no setor de educação básica. O avanço de um dos homens mais ricos do Brasil no setor ocorre por meio do investimento na Eleva Educação, grupo que acaba de abocanhar 51 escolas da Cogna (COGN3). A fortuna de Lemann é avaliada em US$ 18,9 bilhões, segundo a revista Forbes.

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Agora, um dos donos da cervejaria AB InBev (ABUD34) está no caminho de ter em sua carteira de investimentos, na qual já figuram empresas como Lojas Americanas (LAME4), Burger King (BKBR3) e Kraft Heinz (KHCB34), o maior grupo de educação básica do mundo em número de alunos. Com as escolas da Cogna, a Eleva de Lemann deverá atingir aproximadamente 120 mil estudantes.

A Eleva tem uma história marcada pelo apetite por aquisições. A empresa, que está em processo de abertura de capital na B3, poderá ganhar mais musculatura para sair à frente na consolidação desse mercado, que tem um faturamento anual na casa de R$ 70 bilhões no Brasil, segundo dados da consultoria de educação Hoper.

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Uma fonte próxima à companhia, que pediu anonimato, disse que a estratégia de Lemann será tomar a dianteira no setor “premium” de educação, aquele voltado às classes mais altas e que cobra as mensalidades mais altas. O dinheiro do IPO deve ser usado para aquisições. A operação, programada para este ano e que prevê arrecadar R$ 1,5 bilhão, será tocada pelos bancos Goldman Sachs, Itaú BBA e Morgan Stanley.

Pelo acordo entre Cogna e Eleva, serão vendidas 51 escolas de educação básica, entre elas o Colégio pH, Centro Educacional Leonardo da Vinci, Colégio Lato Sensu e Sigma, por exemplo. Já as marcas Anglo, pH, Par, Pitágoras, Ético, Maxi e Rede Cristã continuam sendo de propriedade da Cogna, mas a Eleva terá direito de usá-las.

A Eleva Educação foi criada em 2013, com o fundo Gera Capital. Nasceu da fusão das redes de ensino Elite e Pensi. As aquisições de escolas prosseguiram nos anos posteriores. Além da Gera Capital e de Lemann, outro acionista relevante da Eleva é o fundo norte-americano Warburg Pincus.

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A operação com a Cogna envolveu troca de ativos e ainda depende de aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). “A incorporação das escolas Saber (braço da Cogna) traz um crescimento mais rápido para a companhia”, diz a economista da Toro Investimentos, Paloma Brum. Segundo a analista, esse ganho de musculatura pode ajudar a inflar o valor da abertura de capital.

Lemann já investe em educação há algum tempo

O investimento na Eleva, contudo, não é a única atuação de Jorge Paulo Lemann no campo da educação. Ele é, por exemplo, um dos mantenedores doadores da escola de negócios Insper. Desde o ano passado, a universidade tem a Cátedra Fundação Lemann, que viabiliza a pesquisa acadêmica.

Além disso, desde os anos 1990, a Fundação Estudar fornece bolsas para estudantes da rede pública. Alguns de seus ex-bolsistas seguiram carreira política – grupo que inclui a deputada federal Tábata Amaral (PDT-SP). Lemann, que há tempos dedica parte do seu tempo ao setor, costuma dizer que a única alternativa para o futuro do País é o investimento em educação.

(Com Estadão Conteúdo)

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Redação Suno Notícias

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