Latam informa que segue negociando ajuda com o BNDES

Após seu pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, a Latam Airlines informou, nesta terça-feira (26), que segue negociando com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) um pacoto de auxílio financeiro para sua operação no Brasil. A companhia está sendo fortemente impactada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

“Vamos seguir falando com o BNDES e com o governo brasileiro. Estou confiante que vamos encontrar uma solução”, disse Roberto Alvo, CEO do grupo Latam.

O executivo afirmou que o BNDES já enviou uma proposta de empréstimo à empresa. No entanto, o grupo entendeu que a estrutura da dívida é “um pouco complexa” para sua operação.

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“Estamos falando com o banco desde então. Agora que entramos no processo de recuperação judicial vamos falar de novo com o banco para saber as novas possibilidades que o processo vai nos permitir trabalhar”, disse Alvo.

O banco estatal ofereceu R$ 2 bilhões para cada empresa aérea: além da Latam, estão inclusas Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4). O empréstimo será realizado por meio de debêntures simples e bônus conversíveis em ações, na proporção de 75% e 25%, respectivamente.

Entretanto, já que a Latam é listada na bolsa de Santiago, no Chile (CLX IPSA), a companhia teria de emitir recibos de ações (BDRs) na B3 (B3SA3) para assegurar que os títulos possuam aderência com a legislação local.

Crise fez Latam pedir recuperação judicial

De acordo com o executivo-chefe da Latam, o grupo decidiu apresentar seu pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, e não no Chile, seu país de origem e onde fica sua sede, pois quase a totalidade de sua dívida está com multinacionais que acompanham a legislação estadunidense.

Alvo disse que 95% das dívidas da companhia estão em posse de sua holding, no Chile. Apenas 5% das dívidas do grupo estão com as subsidiárias”, afirmou o executivo. A Latam encerrou 2019 com um passivo total de US$ 10 bilhões (cerca de R$ 53,8 bilhões).

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“Esta é uma crise sem precedentes na história da aviação. Nenhuma empresa aérea poderá sobreviver sem a ajuda dos governos”, salientou Alvo.

Por meio de sua conta oficial no Twitter, a Latam Brasil disse que continuará voando enquanto se reorganiza “com base no Capítulo 11 dos EUA para navegar pelos impactos da Covid-19, transformando nosso negócio para adaptá-lo ao novo e evolutivo modo de voar, e garantir sustentabilidade no longo prazo”.

Jader Lazarini

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