Latam tem lucro de US$ 182 mi em 2018, o maior desde sua formação

A Latam registrou um lucro líquido de US$ 182 milhões em 2018. O resultado é 17,1% maior do que o aferido em 2017 e o maior desde a formação do grupo, em 2012. O balanço financeiro da companhia foi divulgado na última terça (12).

O lucro líquido da Latam no quarto trimestre representa a grande parte dos ganhos conquistados no ano todo. Só no período, a companhia lucrou US$ 148,6 milhões, um aumento de 121% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando apresentou lucros de US$ 67,1 milhões.

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A companhia teve alta de 9,3% no lucro operacional, somando US$ 295,1 milhões, com crescimento de 1% da receita, para US$ 2,8 bilhões. As despesas operacionais tiveram queda de 0,2%, totalizando US$ 2,5 bilhões. A margem operacional, por sua vez, avançou 0,8 ponto percentual, chegando a 10,6%.

O avanço de 58% na receita financeira, somando US$ 19 milhões, contribuiu para o resultado. A reversão do pagamento de PIS/Cofins no trimestre entrou no cálculo. Houve também ganhos financeiros de US$ 244 mil e uma despesa de US$ 54,3 milhões no acumulado dos três meses. As perdas cambiais foram menores no período.

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Considerando todo o ano de 2018, a Latam faturou 2% mais do que em 2017. A receita somou US$ 10,3 bilhões no período. O aumento de 2,3% no transporte de passageiros e de 6,5% na oferta total de voos alavancou o faturamento, compensando a perda de 4% da receita unitária. Já a receita com transporte de cargas caiu 7,4%.

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Presidente da Latam fala sobre a crise da Boeing

O presidente da Latam no Brasil, Jerome Cadier, falou sobre o episódio da queda de um Boeing 737 Max 8 na Etiópia no último domingo, desastre que colocou a Boeing no centro de uma enorme crise. Cadier disse que o caso é ruim para todo o setor e que todas as companhias aéreas serão prejudicadas com essa situação.

O executivo lembrou que dezenas de países suspenderam os voos com os Boeing 737 Max 8. Isso após dois acidentes que resultaram em centenas de mortes na Etiópia e na Indonésia.

“O caso da Boeing é ruim para todos, porque gera um nível de incerteza para todo o setor de aviação”, afirmou Cadier nesta quarta-feira (13). O presidente da Latam declarou ser difícil avaliar possíveis impactos da crise, seja para a própria Boeing que para as companhias aéreas que usam a aeronave.

No Brasil, a única companhia aérea que usa o Boeing 737 Max B é a Gol. A empresa já suspendeu temporariamente o uso dos sete aviões desse modelo que possui.

Guilherme Caetano

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