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Justiça já bloqueou R$ 11 bi da Vale por desastre em Brumadinho

Justiça bloqueia valores em contas da Vale por causa da tragédia em Brumadinho

Justiça bloqueia valores em contas da Vale por causa da tragédia em Brumadinho

A Justiça já bloqueou R$ 11 bilhões da Vale após o desastre de Brumadinho (MG).

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O bloqueio dos valores nas contas da mineradora foi determinado para compensar os prejuízos e danos ambientais provocados pelo rompimento da barragem.  Na noite do último sábado (26) o Ministério Público de Minas Gerais congelou R$ 5 bilhões de reais nas contas da Vale.

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Este valor se soma a outras duas ações , uma também de R$ 5 bilhões e outra de R$ 1 bilhão. Todas as ações foram começadas depois da tragédia da barragem da mineradora na região metropolitana de Belo Horizonte.

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Entretanto, todos esses bloqueios são decisões cautelares. Foram determinadas a pedido do governo e do MP de Minas Gerais. Além do bloqueio de valores, a última medida judicial determina também que a Vale assuma a responsabilidade da assistência às vítimas e seus parentes.

Em um comunicado, a Justiça informou que “em caso de inexistência do valor (estipulado), devem ser declarados indisponíveis bens como automóveis e imóveis”.

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Além dos bloqueios de recursos, a Vale também recebeu uma multa do Ibama de R$ 250 milhões e outra do governo de Minas Gerais de R$ 99 milhões.

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O desastre de Brumadinho

A Barragem 1 de rejeitos da mina de Córrego do Feijão estourou na última sexta-feira (25). A mina, localizada na área metropolitana de Belo Horizonte, é de propriedade da Vale.

O acidente gerou uma avalanche de lama, que destruiu parte do centro administrativo da empresa em Brumadinho, e arrastou casas e até uma ponte. As autoridades locais informaram que pelo menos 37 pessoas morreram e outras 252 estão desaparecidas. Outras 192 pessoas já foram resgatadas do desastre.

O Instituto Inhotim, um dos maiores centros de arte ao ar livre da América Latina, foi esvaziado por medida de segurança. Por causa do rompimento da barragem de Brumadinho, o instituto não abriu sábado (26) e não abrirá domingo (27).

A barragem rompida faz parte do complexo de Paraopeba. A mina é responsável por 7,3 milhões de toneladas de minério de ferro do terceiro trimestre de 2018. O volume corresponde a 6,2% da produção total de minério de ferro da Vale.

Esse é o segundo desastre com barragem em que a Vale se envolve em três anos. Em 2015 ocorreu a tragédia de Mariana, com o rompimento da barragem da Samarco. Naquele desastre morreram 19 pessoas e a lama destruiu centenas de casas e construções.

A Samarco é controlada pela Vale e pela mineradora anglo-australiana BHP Billiton, cada uma com 50% das ações. As duas empresas se tornaram alvo de ações na Justiça por conta do desastre. As pessoas afetadas ainda esperam por reparação.

 

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