Após divulgar na véspera uma balanço considerado sólido pela maioria dos analistas de sell side, as ações do Itaú (ITUB4) subiram no pregão desta terça-feira (7). Os papéis preferenciais do banco chegaram a ganhar pouco mais de 3% na bolsa, em um dia que o Ibovespa rumou no mesmo sentido. As ações o banco encerraram o pregão em alta de 2,8%, a R$ 28,98.
O resultado do Itaú mostrou um lucro de pouco mais de R$ 9 bilhões, o que superou ligeiramente o consenso Bloomberg de mercado – que mirava cerca de R$ 8,9 bilhões.
Especialistas do BB Investimentos destacam que enxergam o balanço do ITUB4 como positivo, e que o banco navega com ‘serenidade o ciclo de alta da inadimplência conjugada com desaceleração da originação no setor bancário’.
“O resultado foi marcado por dinâmicas similares às dos trimestres anteriores, com carteira de crédito ainda equilibrando expansão e rentabilidade diante de um ciclo de desaceleração, com inadimplência e custos sob controle”, destaca Rafael Reis, do BB.
“Olhando especificamente para o crédito, vemos a carteira expandida crescendo 4,7% no comparativo anual, sendo que as linhas que mostraram maior ímpeto no trimestre ficaram por conta de PJ Brasil e Grandes Empresas”, completa.
O analista acrescenta que ainda mais robustas foram as receitas de juros, que variaram 9,9% no mesmo período, com destaque para a margem com clientes, que denota mix equilibrado da carteira de crédito.
Atualmente a casa tem recomendação de compra para as ações do Itaú, com preço-alvo de R$ 35,20 – ao passo que os papéis negociam na casa dos R$ 28 em bolsa.
Genial reitera otimismo com Itaú
Os analistas da Genial também reiteram recomendação de compra para s ações do banco após a divulgação dos números do Itaú no 3T23.
O preço-alvo da casa, contudo, é de R$ 36,60.
“Em resumo, o Itaú apresentou mais um resultado sólido no 3T23, mantendo uma rentabilidade consistentemente elevada, na nossa avaliação. O destaque positivo em nossa visão, fica com a estabilidade do índice de inadimplência acima de 90 dias e a melhora na inadimplência de curto prazo (entre 15 a 90 dias), podendo sinalizar um ponto de inflexão para os próximos trimestres”, destacam os analistas da Genial.
“O custo de crédito apresentou a primeira melhora desde a escalada de piora em meados de 2021 – foi a primeira contração t/t dessa série de aumentos, com exceção do 4T22 quando o banco provisionou R$ 1,3b para o caso Americanas”, completa, sobre o Itaú.
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