Investidor estrangeiro reduziu aporte em 17%, mostra Banco Central

Segundo dados do Banco Central (BC), o volume aportado pelo investidor estrangeiro em 2023 caiu 17% em relação ao ano anterior.

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Conforme o BC, os Investimentos Diretos no País (IDP) totalizaram US$ 62 bilhões. Ou seja, os aportes do investidor estrangeiro representaram 2,85% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023.

De acordo com o relatório de estatísticas do setor externo divulgado pelo Banco Central nesta segunda (5), o resultado de dezembro também foi deficitário, com saídas líquidas de US$ 389 milhões, comparadas a saídas de US$ 479 milhões no mesmo período de 2022.

Em uma coletiva de imprensa, o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, esclareceu que a queda em dezembro é sazonal, permanecendo estável entre 2022 e 2023.

Além disso, Rocha acrescentou que a saída líquida de dezembro de 2021 foi significativamente maior, chegando a cerca de US$ 500 milhões.

“Temos três anos consecutivos de saídas líquidas na conta de Investimento Direto. Isso é sazonal. Parece que a trajetória é a mesma. Em 2022, tivemos ingressos maiores e, em 2023, esses ingressos foram menores”, comentou Rocha em uma coletiva de imprensa para analisar os resultados.

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Ele também enfatizou que, em 2023, os gastos de estrangeiros com turismo no Brasil foram recorde, ultrapassando anos marcados por grandes eventos como a Copa do Mundo de Futebol (2014) e as Olimpíadas (2016), que registraram um grande influxo de estrangeiros no país.

“As receitas com viagens em 2023 foram reflexo dos maiores gastos de estrangeiros no Brasil na série histórica, ultrapassando anos com fluxo intenso de estrangeiros no país, como a Copa em 2014 e a Olimpíada em 2016”, afirmou Rocha.

Investidor estrangeiro deixou US$ 6,9 bilhões no Brasil em 2023

Segundo os dados do BC, os estrangeiros deixaram US$ 6,907 bilhões no Brasil no ano passado.

As despesas líquidas com viagens internacionais totalizaram US$ 459 milhões, registrando uma queda de 20,1% em relação a dezembro de 2022, com aumentos de 32,0% nas receitas (atingindo US$ 622 milhões) e de 3,3% nas despesas (alcançando US$ 1,1 bilhão).

Mesmo com a redução, os valores são superiores aos de 2019.

“As receitas estão crescendo mais que as despesas, o que é uma boa notícia para o turismo brasileiro”, disse Rocha, do BC, na coletiva após os dados do investidor estrangeiro.

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Eduardo Vargas

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