Investidores da Suécia e da Noruega devem tirar aplicações na Vale

Investidores internacionais colocam a Vale em xeque após acidente em Brumadinho.

De acordo com o conselho de ética do fundo soberano da Noruega, está sendo analisado o impacto que o rompimento da barragem vai causar à Vale.

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Durante o último final de semana, o conselho de ética do fundo de pensão público AP Funds, da Suécia, disse que recomendaria a exclusão da Vale na carteira de investimentos.

O chefe do secretariado do conselho de ética do fundo da Noruega, Eli Ane Lund, disse à Bloomberg que “acidentes podem acontecer com todos”. No entanto, esse já é o “segundo acidente muito grave que afeta a empresa”.

O conselho determina os investimentos que devem ser excluídos ou não da carteira do fundo soberano. Atualmente, o órgão administra US$ 1 trilhão de investimentos internacionais do governo norueguês.

De acordo com Norges Bank Investment Management, o fundo norueguês é o maior do mundo e possuía US$ 543 milhões em ações da Vale e US$ 51 milhões em títulos no fim de 2017.

Na Suécia, o chefe do conselho de ética do fundo AP Funds, John Howchin, disse ao jornal Dagens Nyhetero, no último fim de semana, que provavelmente recomendaria uma exclusão da companhia.

No entanto, o fundo detinha US$ 45 milhões em ações da empresa até fim de junho.

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Nota da Vale cai

A agência que avalia risco, S&P Global Ratings, pode diminuir a nota da Vale. A nota da empresa está em observação desde o fim de semana.

De acordo com a S&P, a nota pode ser rebaixada conforme for os impactos do acidente de Brumadinho, uma vez que a companhia pode ser multada e corre o risco de perder a licença de operação na região que foi afeitada pelo rompimento da barragem.

De acordo com a Vale, serão suspensos os pagamentos de bônus a seus executivos e de dividendos à acionistas da empresa.

Renan Bandeira

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