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Infracommerce (IFCM3) compra Synapcom para ganhar escala e fazer entregas em 45 minutos

Infracommerce (IFCM3)

Infracommerce. Foto: Reprodução Facebook

Com o objetivo de ganhar escala, a Infracommerce (IFCM3) — maior companhia Full Service para negócios digitais — anunciou recentemente a compra da sua concorrente direta Synapcom, segunda maior companhia do setor. Em entrevista exclusiva ao Suno Notícias, Raffael Quintas, CFO da Infracommerce, contou que a conversa com a Synapcom já vinha acontecendo há algum tempo. Essa foi a maior aquisição da companhia desde sua fundação  em 2012.

“O objetivo principal é ganhar escala. No setor da Infracommerce, a competição é muito forte, principalmente com os marketplaces, mas também com outras grandes marcas”, explicou Quintas.

O executivo disse que, nesse setor, é vital ter preços competitivos para oferecer aos clientes e ao consumidor final, assim como é importante diminuir o tempo de entrega. Ele considera que a combinação de preço competitivo e uma entrega mais rápida é “algo fundamental para ganhar mercado.”

Outra vantagem que Quintas aponta com a compra da Synapcom é a “grande oportunidade de cross-sell“. Segundo o executivo, a companhia adquirida pela Infracommerce tem uma base muito forte de clientes e, com a junção dos negócios, esses clientes passam a completar o portfólio da Infracommerce. Entre os clientes da Synapcom, estão a Samsung e a L’Oréal.

“Então, além de ter o foco em escala, a gente tem um foco grande também em usar a base de clientes deles, mas também a nossa pra fazer cross-seel de produtos e serviços. A gente tem produtos que eles não possuem e vice-versa, e quando isso acontece é natural que a empresa vá tentar oferecer produtos e serviços para a base de clientes deles, como dark stores”, comenta.

Dark stores é o nome dado para pequenos centros de distribuição que normalmente ficam no centro de grandes cidades. Através deles, é possível fazer entregas ultrarrápidas.

Comentando que a  Synapcom tem apenas uma dark store, que agora se une às 10 da Infracommerce, Quintas diz que o objetivo da companhia é realizar entregas em até 45 minutos em localidades onde estão esses pequenos centros de distribuição.

Vêm mais compras por aí?

Quando questionado sobre possíveis novas compras, Quintas explicou que o foco da Infracommerce agora é integrar as empresas compradas recentemente. Para isso, a companhia companhia contratou uma consultoria de estratégia para auxiliar no processo de integração da Synapcom..

Ele ainda destacou que “o mais importante é que a gente entregou o que prometeu no IPO [oferta inicial de ações]”.

Além disso, durante a entrevista, o CFO comentou sobre o impacto que a compra da Synapcom deve ter nos lucros da Infracommerce. Quintas explica que o reflexo da operação no lucro de 2021 dependerá do momento em que a operação for concluída.

“Vamos fazer de tudo para que a operação seja concluída o mais rápido possível. Acredito  que conseguiremos concluir até o final do ano, mas o principal impacto vai ser em 2022, e aqui não tenho dúvida que vamos conseguir ser bastante disruptivos nessa parceria”, diz.

Ele ainda completa dizendo que “é quase uma união de forças. As duas empresas vem crescendo de uma forma muito forte, a gente vem crescendo a mais de 60% ao ano e a Synapcom dobrando de tamanho nos últimos anos.”

Infracommerce cresceu 122% em um ano

Em relação ao cenário esperado para 2022 no setor de e-commerce, Quintas avalia que a digitalização veio para ficar. ” Talvez a pandemia só acelerou algo que aconteceria, talvez em dois anos, mas o e-commerce veio pra ficar”, afirma.

“Acho que mudou a rotina e o hábito de vários de nós. Talvez a gente não tivesse tanto essa rotina de comprar online e acabamos percebendo que é muito mais prático e conveniente comprar dessa forma”, acrescenta o CFO.

Quintas destaca ainda que de 2019 pra 2020 a Infracommerce cresceu 122%, e em cima dessa base avançou 20% esse ano. Assim ele aponta que o mercado de e-commerce continua em alta.

“Em 2022 eu espero que o mercado vai continuar crescendo, tanto no B2C quanto no B2B. Talvez de uma forma mais acelerada no B2B, que são indústrias e marcas que vendem pra pequenos e médios varejistas, já que a penetração no B2B é menor do que no B2C. Mas com certeza o crescimento vai continuar acelerado”, diz. O CFO da Infracommerce também acredita que a combinação do e-commerce com o mundo físico vai acelerar, “para compras online e retiradas na loja, ou compras na loja com entrega em casa”.

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