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Ibovespa cai 1,15% e retorna aos 133,8 mil pontos, com foco ainda em Trump

Ibovespa em queda, com perdas nas ações de maior peso no índice.

Ibovespa em queda, com perdas nas ações de maior peso no índice Foto: Pixabay

O Ibovespa sofreu uma queda de 1,15% nesta quinta-feira, 24 de julho, encerrando o pregão aos 133.807,59 pontos. O índice da B3 esteve em um intervalo de oscilação que variou de 133.647,84 a 135.362,58 pontos, com a abertura registrada em 135.356,88 pontos. No mês, o índice acumula uma perda de 3,63%, mas, no ano, ainda apresenta um ganho de 11,24%. O giro financeiro foi de R$ 15,7 bilhões, bem abaixo dos R$ 17 bilhões registrados no pregão anterior.

Setor bancário e varejo puxam perdas no índice

A queda foi bastante distribuída entre as principais ações do índice, com destaque para o recuo de 4,68% das ações da WEG (WEGE3) e perdas expressivas também para Embraer (-3,89%), Cyrela (-3,86%), Magazine Luiza (-3,33%) e Direcional (-3,32%). Esses papéis, em sua maioria, têm forte exposição ao ciclo doméstico, especialmente setores de varejo e construção, que continuam sendo afetados pelas incertezas econômicas.

O mercado também sentiu as perdas entre as grandes blue chips, como a Vale (VALE3), que recuou 1,55%, após uma sequência positiva impulsionada por notícias favoráveis da China. No setor bancário, as quedas foram mais modestas, com o Bradesco (BBDC3) caindo 1,26% e o Santander (SANB11) registrando um declínio de 0,45%.

Cenário internacional pressiona fluxo estrangeiro e cria incertezas

O fluxo de capital estrangeiro para a B3 está em reversão, com uma retirada líquida de R$ 5 bilhões até o dia 22 de julho, segundo os últimos dados disponíveis. “Com a iminente taxação de 50% dos EUA sobre o Brasil, uma medida que envolve mais questões políticas do que comerciais, o risco de manter posições na Bolsa brasileira aumenta consideravelmente”, afirmou Anderson Silva, head da mesa de renda variável da GT Capital. O gestor destacou que a instabilidade nas negociações entre os Estados Unidos e o Brasil tem gerado um movimento de realização de lucros, com investidores se posicionando para eventuais correções mais acentuadas.

Medidas do governo e perspectivas para o mercado

O governo brasileiro se prepara para reagir às novas tarifas impostas pelos Estados Unidos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o plano de contingência para mitigar os efeitos da taxação já foi concluído e será submetido à análise do presidente Lula.

“O Ibovespa teve mais um dia de realização, puxado principalmente pela forte correção do setor bancário (IFNC), que foi responsável por levar o índice a renovar máximas recentemente. O risco político externo tem impacto muito maior sobre as decisões dos investidores estrangeiros, e o Brasil, neste momento, acaba sendo comparado de forma desfavorável com outros mercados emergentes”, acrescentou Anderson Silva.

Cotação do dólar hoje

O dólar comercial também seguiu em queda, recuando 0,90%, sendo negociado a R$ 5,574 na venda. A divisa oscilou entre a mínima de R$ 5,564 e a máxima de R$ 5,655.

Bolsas nos EUA

Nos Estados Unidos, os principais índices fecharam em alta, com o S&P 500 registrando o melhor desempenho desde novembro de 2022. O Nasdaq avançou 2,87%, impulsionado pelos ganhos de grandes empresas como Nvidia, Meta e Apple.

Maiores altas e baixas do Ibovespa

Última cotação do Ibovespa

Ibovespa encerrou as negociações da última quarta-feira (23) com alta de 0,99%, a 135.368,27 pontos

Com Estadão conteúdo

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