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Ibovespa sobe forte após Fed e retoma os 129 mil pontos; Braskem (BRKM5) salta 13,75% e Petrobras (PETR4) fecha em alta. Dólar cai

Ibovespa sobe 1,25% em dia de decisão do Copom sobre Selic; Braskem (BRKM5) salta 13,75% e PRIO (PRIO3) lidera perdas

Ibovespa. Foto: iStock

O Ibovespa encerrou a sessão de hoje (20) com uma valorização de 1,25%, aos 129.124,83 pontos, após variar entre a mínima de 127.348,62 pontos e a máxima de 129.209,98 pontos. Já o volume financeiro totalizou R$ 22,1 bilhões.

O Ibovespa avançou mais de 1% e retomou o nível de 129 mil pontos, impulsionado pelo clima de apetite por risco deflagrado pela decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed) e a entrevista coletiva do seu presidente, Jerome Powell. O banco central americano manteve os juros entre 5,25% e 5,50%, conforme esperado, enquanto as declarações de Powell foram encaradas pelo mercado como menos conservadoras.

Esses fatores fortaleceram o Ibovespa, que abandonou a linha dos 128 mil pontos e subiu continuamente até os 129 mil.

O Ibovespa hoje se alinhou com o desempenho positivo das principais Bolsas de Valores de Nova York.

Segundo Andre Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital, a Bolsa de Valores sobe hoje (20) depois do Federal Reserve (Fed) sinalizar três cortes de juros. Os investidores também aguardam a nova decisão do Copom e, principalmente, o comunicado que será anunciado.

A postura do Fed não só reforçou a expectativa por um corte dos juros nos Estados Unidos, mas também aumentou a chance de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Brasil mantenha na decisão de hoje o “forward guidance” de continuar diminuindo a taxa Selic em 0,5 ponto porcentual “nas próximas reuniões”, no plural.

“O mercado pode ter se antecipado à reunião, já que existe a expectativa para saber como vai vir o forward guidance do BC, e isso aumentou a chance de continuar no plural”, diz Moliterno, completando que o Ibovespa estava atrasado em relação a outros índices, o que também explica os ganhos da sessão.

Com o clima de apetite global por risco, 77 dos 87 papéis da carteira teórica do Ibovespa fecharam o dia em alta, mas Petrobras (PETR4 +1,75%, PETR3 +2,08%) e B3 (B3SA3, +3,57%) lideraram os ganhos. As ações da petroleira foram beneficiadas pela notícia, revelada pela Reuters, de que o Ministério da Fazenda vai insistir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para aprovar o pagamento de dividendos extraordinários.

Em nova decisão sobre a taxa de juros norte-americana, o Banco Central dos Estados Unidos optou pela manutenção da taxa atual, conforme já era esperado pelo mercado.

Nesse caso, o mercado destinou suas atenções ao comunicado que foi emitido. Apesar de dizer que a inflação continua alta, o documento citou que o mercado de trabalho está se reequilibrando, o que demonstra uma desaceleração, ainda que apertada.

O mercado encarou esse discurso como mais dovish, mesmo não indicando quando o Fed deve cortar os juros. Durante o discurso, Powell disse mais uma vez que a política monetária se encontra em seu pico. A partir disso, as apostas para a realização do primeiro corte dos juros dos EUA apontam para junho.

No novo comunicado, está entre os destaques principais a fala sobre o emprego estar caminhando para o equilíbrio. Além disso, também foi destacado o trabalho do FED em direção à desinflação, além do fato de a política monetária estar em seu pico, animando os mercados e derrubando o dólar.

“Com isso, acredito que a expectativa de início de queda se mantém para junho, que é o que o mercado está precificando. Enquanto isso, as apostas de corte de juros para maio seguem caindo”, afirmou Fernandes.

O dólar desceu mais um degrau e passou a ser negociado na casa de R$ 4,98, em sintonia com o movimento global da moeda americana na esteira do anúncio da decisão de política monetária do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos.

Destaques do Ibovespa hoje

Dentre as maiores altas do Ibovespa hoje estão as ações da Braskem (BRKM5), cujo desempenho reflete o resultado do 4º trimestre de 2023, assim como a recomendação de compra feita pelo Santander, visando resultados melhores no ano de 2024.

As companhias mais associadas à economia doméstica, ou seja, mais “sensíveis” à queda de juros, registram um bom desempenho no pregão de hoje (20), estando incluídas Petz (PETZ3), Arezzo (ARZZ3) e Grupo Soma (SOMA3).

Nas quedas do Ibovespa hoje estão as ações relacionadas a commodities. A queda das commodities fez com que as ações de PRIO (PRIO3), Suzano (SUZB3) e São Martinho (SMTO3) recuassem.

Já a ação da Vibra (VBBR3) continua em queda, em razão das notícias de crescimento da participação da Previ na companhia, precificando risco de intervenções governamentais na empresa.

Maiores altas do Ibovespa

Maiores quedas do Ibovespa

Último fechamento do Ibovespa

O Ibovespa encerrou a sessão de ontem (19) em alta de 0,45%, aos 127.528,85 pontos.

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