Em uma segunda-feira de poucos vetores para os negócios, o Ibovespa voltou a convergir para a faixa dos 143 mil pontos, após ter se mantido entre 145 e 146 mil até o início de outubro. O índice vem mostrando dificuldade para avançar depois de uma sequência de máximas históricas desde agosto — quando encerrou o mês em 141,4 mil pontos, antes de atingir 147,5 mil no intradia, nos dias 29 e 30 de setembro.
Nesta sessão, inclinada à realização de lucros, o Ibovespa oscilou entre 143.375,67 e 144.531,61 pontos, com abertura em 144.202,17 e fechamento em baixa de 0,41%, aos 143.608,08 pontos. O giro financeiro foi moderado, de R$ 16,7 bilhões. No mês, o índice acumula queda de 1,80%, mas ainda sobe 19,39% no ano. Das últimas cinco sessões, apenas uma foi positiva.
Vale sustenta o índice, mas bancos pressionam
O ajuste não foi maior porque Vale ON (VALE3) subiu 1,71%, chegando a superar 2% de alta ao longo do dia. Já o setor financeiro — o de maior peso na carteira — pressionou o índice, com Itaú PN (-1,15%), Bradesco (-0,82% ON; -0,58% PN), Santander (-0,83%) e Banco do Brasil (-0,79%).
Outro destaque negativo foi Petrobras (PETR3 -0,57%; PETR4 -0,90%), mesmo com o petróleo em alta após a Opep+ anunciar, no fim de semana, um aumento menor que o esperado na produção a partir de novembro.
Na ponta negativa, Raízen (-3,96%), Natura (-3,70%) e Azzas (-2,75%) ficaram entre as maiores quedas. No lado positivo, além da Vale, CSN (+6,46%), CSN Mineração (+3,41%) e Usiminas (+3,39%) avançaram, apesar do feriado da Golden Week na China, que reduziu a liquidez do mercado de minério de ferro.
Expectativa por dados de inflação e ata do Fed
Para Felipe Paletta, estrategista da EQI Research, a sessão mostrou correção em cerca de 80% dos papéis do Ibovespa, com destaque para as small caps, que recuaram mais de 1%.
“Tivemos reciclagem de posições, com foco em médio e longo prazo, aproveitando o momento para realização de lucros, apesar da queda na curva de juros”, observou.
O especialista destacou ainda o baixo volume financeiro e a agenda importante da semana, que inclui a divulgação do IPCA de setembro e a ata da reunião do Federal Reserve (Fed), quando o banco central dos EUA iniciou o ciclo de afrouxamento monetário no mês passado.
Enquanto isso, em Nova York, os principais índices voltaram a renovar recordes de fechamento: o S&P 500 avançou 0,42%, o Dow Jones subiu 0,35% e o Nasdaq, 0,58%, sustentados por ganhos no setor de tecnologia.
Maiores altas e maiores baixas
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
Com Estadão Conteúdo
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