IATA: companhias aéreas precisarão de cerca de US$ 80 bi em ajuda adicional

O diretor geral da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), Alexandre de Juniac, informou nesta sexta-feira (20), que as companhias aéreas precisarão de aproximadamente US$ 70 bilhões a US$ 80 bilhões em ajuda dos governos para enfrentar a crise causada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19). As informações são do jornal francês ‘La Tribune’.

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Vale destacar que o setor das companhia aéreas já recebeu uma ajuda dos governos de aproximadamente US$ 160 bilhões. No entanto, Juniac aponta que “para os próximos meses, as necessidades da indústria estão estimadas entre 70 e 80 bilhões de dólares em ajudas adicionais”. “Caso contrário, as empresas não sobreviverão”, completou.

O diretor ainda destacou que “quase 40” companhias do setor estão com muita dificuldade, em processos de recuperação judicial e até falência.

Nesse sentido, ele aponta que “quanto mais durar a crise, maior será o risco de falências”.

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Em relação ao cenário de longo prazo do setor, Juniac acredita que é provável que, devido a falências, haja menos “atores” e que ” esses atores sejam um pouco menores, porque serão obrigados a vender uma grande parte de sua frota ou a fechar rotas, ou ter horários de voo mais limitados”.

Crise do setor aéreo ameaça 46 milhões de empregos

O Grupo de Ação do Transporte Aéreo (Atag) divulgou em setembro um relatório informando que o colapso do setor aéreo causado pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o qual levou países a fecharem suas fronteiras e aplicarem medidas de isolamento social, pode acabar com 46 milhões de postos de trabalho ao redor do mundo, afetando mais da metade dos 87,7 milhões de empregos gerados pela indústria.

O setor aéreo, o qual inclui empresas aéreas, fabricantes de aeronaves, aeroportos e gerenciamento do tráfego, tinha 11 milhões de empregados antes da crise do coronavírus, ao passo que 4,8 milhões destes postos de trabalho devem desaparecer, estimou o relatório produzido pela Atag em conjunto com a Oxford Economics.

“A paralisação quase total do sistema por vários meses, assim como a natureza inconsistente da reabertura, aponta que as viagens aéreas não irão recuperar os níveis pré-covid até 2024”, relataram os dados.

De acordo com o diretor executivo da Atag, Michael Gill, a análise prevê que devem ser perdidos até 4,8 milhões de empregos na aviação até o início de 2021, resultando em uma redução de 43% em comparação com o período antes da crise.

” Quando expandimos os efeitos para todos os empregos apoiados pela aviação, 46 milhões de postos estão em risco. Esse número inclui funções altamente qualificadas na aviação, negócios no turismo impactados pela falta de viagens aéreas e empregos ao longo da cadeia de suprimentos em construção, serviços de alimentação entre outros”, concluiu.

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Laura Moutinho

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