O BTG Pactual divulgou as alterações feitas em sua carteira recomendada de fundos imobiliários para o mês de agosto. O portfólio passou por ajustes pontuais com o objetivo de aumentar a diversificação setorial diante das condições macroeconômicas atuais.
Entre as mudanças realizadas, se destaca a inclusão de dois novos FIIs: o MCCI11 e o HSML11. Ao mesmo tempo, o banco reduziu a exposição em três ativos já presentes na carteira: HGBS11 (-2,0%), RBRR11 (-1,5%) e BTCI11 (-1,0%).
A volta do fundo de recebíveis MCCI11 ao portfólio, após sua última participação em 2023, foi justificada por uma combinação de fatores. No primeiro semestre de 2025, o fundo acumulou reservas de R$ 0,63 por cota, trazendo mais previsibilidade à sua distribuição de rendimentos.
O guidance projetado para o segundo semestre prevê dividendos mensais entre R$ 0,90 e R$ 1,00 por cota, o que corresponde a um dividend yield potencial de 13,4%, com base na média do intervalo. Outro ponto relevante é o desconto de cerca de 10% em relação ao valor patrimonial, gerando maior perspectiva de valorização no médio e longo prazo.
Já o HSML11 foi incorporado para elevar a exposição ao setor de FIIs shopping centers, que ocupa uma parcela menor na carteira atual. O fundo apresentou desempenho operacional consistente e negocia com desconto aproximado de 24% frente ao valor patrimonial.
Com um dividend yield anualizado de 9,9% e após ter realizado lucro com a venda parcial do Shopping Uberaba (MG), a expectativa é de aumento dos proventos ao longo da segunda metade de 2025, o que pode contribuir positivamente tanto para a geração de caixa da carteira quanto para o desempenho do ativo no mercado secundário.
Veja os FIIs recomendados pelo BTG para agosto:
Ticker | Peso | P/VPA | DY |
BTCI11 | 6,00% | 0,9 | 13,10% |
KNCR11 | 15,50% | 1,03 | 15,40% |
KNIP11 | 8,50% | 0,95 | 11,00% |
CLIN11 | 3,50% | 0,91 | 14,80% |
RBRR11 | 7,50% | 0,95 | 13,70% |
RBRY11 | 8,00% | 0,96 | 14,80% |
MCCI11 | 2,50% | 0,9 | 12,70% |
VILG11 | 6,00% | 0,73 | 10,50% |
BRCO11 | 4,50% | 0,93 | 9,50% |
BTLG11 | 10,00% | 0,95 | 9,50% |
BRCR11 | 3,50% | 0,49 | 11,80% |
PVBI11 | 5,00% | 0,69 | 8,10% |
HGBS11 | 1,50% | 0,86 | 9,70% |
GZIT11 | 2,50% | 0,49 | 21,00% |
HSML11 | 2,00% | 0,76 | 9,90% |
TRXF11 | 7,00% | 0,96 | 11,20% |
HGRU11 | 3,50% | 0,97 | 9,20% |
BTHF11 | 3,00% | 0,81 | 13,30% |
Composição da carteira de fundos imobiliários do BTG
Com as novas alocações, a carteira recomendada passa a ser composta por 18 FIIs, com uma liquidez média diária de R$ 4,7 milhões e um dividend yield médio ponderado de 12,3%.
Na exposição setorial, a alocação está distribuída da seguinte forma: FIIs de CRIs lideram com 51,5%, seguidos por galpões logísticos (20,5%), renda urbana (10,5%), lajes corporativas (8,5%), shoppings (6,0%) e hedge funds (3,0%).
No recorte por gestoras, os ativos da Kinea representam a maior fatia (24,0%), seguidos por fundos geridos pelo próprio BTG (22,5%), RBR (15,5%), Pátria (8,5%), TRX (7,0%), Vinci (6,0%), Bresco (4,5%), Mauá (2,5%) e outras casas (9,5%).
No mês de julho, a carteira de fundos imobiliários do BTG apresentou queda de 1,03%, desempenho levemente superior ao do IFIX, que recuou 1,36% no mesmo período.
Notícias Relacionadas