Após três meses de deflação seguida em 2022, muitos FIIs de papel tiveram queda no preço de suas cotas de mercado, como o fundo imobiliário BARI11. O cenário atual fez com que muitos desses fundos distribuíssem menos dividendos aos seus cotistas.
Os dividendos do BARI11 referentes ao mês de setembro foram de R$ 1,00 por cota, o que representa uma queda de 4,76% em relação ao mês anterior, quando o fundo imobiliário pagou R$ 1,05 por cota.
O fundo imobiliário BARI11 acumula uma distribuição de R$ 14,70 por cota nos últimos 12 meses, assim como R$ 11,00 no ano de 2022. Desse modo, o total já distribuído neste ano representa uma baixa de 2,57% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Com base no valor da cota ao final de setembro, a distribuição de dividendos de setembro representa um retorno anualizado de 13,27%. Além disso, o pagamento acumulado nos últimos 12 meses corresponde a um dividend yield de 15,31% em 12 meses, sendo 11,42% em 2022.
O fundo imobiliário BARI11 encerrou o mês de setembro com um total de R$ 0,84 em reservas de resultados não distribuídos. Essa reserva pode auxiliar o fundo a manter o patamar de pagamento de rendimentos para os próximos meses.
A cota a mercado do FII BARI11 terminou setembro em R$ 95,50 na bolsa de valores. Já a cota patrimonial do fundo é de R$ 100,95. Com isso, o fundo vem sendo negociado com desconto, apesar de manter um dividend yield superior a 15%.
Investimentos do fundo imobiliário BARI11
Ao final do mês de setembro, o fundo imobiliário Barigui Rendimento Imobiliários I tinha 25 CRIs em carteira, dos quais 12 são de créditos pulverizados, com 1.189 créditos imobiliários e um ticket médio de R$ 207 mil por contrato. Além disso, esses créditos possuem garantias totais de 1,8 vezes o valor total dos empréstimos.
A estratégia principal do fundo BARI11 é investir em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) pulverizados. A essência destes CRIs são créditos com garantia real de imóveis performados, ou seja, que já estão entregues e com sua fase de obra encerrada.
Além disso, a preferência de investimento do FII é por CRIs que tenham baixo ticket médio, presentes em diversos empreendimentos distribuídos pelo Brasil.
O fundo imobiliário BARI11 tem 62% de sua alocação em CRIs Pulverizados, assim como 26% em CRIs com dívidas corporativas. Os FIIs representam 8% da carteira, enquanto a parcela remanescente, de 4%, estão investidos em renda fixa.
Quanto aos indexadores de seu portfólio, o Barigui Rendimento Imobiliários possui 58% dos ativos indexados ao IPCA, enquanto o IGP-M tem indexação em 28%. O restante dos ativos, que representam 6%, estão associados ao DI.
O fundo tem quase a totalidade de seu patrimônio líquido alocado atualmente. Apesar disso, as amortizações e pré-pagamentos mensais geram recebimentos recorrentes de caixa.
Isso possibilita à equipe de gestão estar em monitoramento constante para realizar novas aquisições de CRIs que tenham boas garantias, assim como uma relação de risco vs retorno favorável.
Sobre os eventos subsequentes do FII, a gestão do fundo imobiliário BARI11 destaca que está analisando um conjunto de créditos para aquisição de um novo CRI pulverizado.