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Focus reduz projeções para o dólar e o IPCA no fim de 2025

Dólar

Dólar. Foto: Unsplash

A mediana do relatório Focus para a cotação do dólar no fim de 2025 caiu pela terceira semana seguida, de R$ 5,85 para R$ 5,82. Um mês antes, era de R$ 5,90. A estimativa intermediária para a moeda americana no fim de 2026 continuou em R$ 5,90. Quatro semanas atrás, era de R$ 5,96.

A estimativa intermediária para o dólar no fim de 2027 permaneceu em R$ 5,80, após três semanas de queda. Um mês antes, era de R$ 5,89. A projeção para o fim de 2028 subiu de R$ 5,82 para R$ 5,85, o mesmo nível de quatro semanas antes.

A mediana do boletim Focus para a inflação de 2027 permaneceu em 4,0% pela 13ª semana consecutiva. A projeção para o IPCA de 2028 permaneceu em 3,80%. Um mês antes, também era de 3,80%.

A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2025 também caiu, de 5,51% para 5,50%, a quinta baixa seguida. Agora, está 1,0 ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,50%. Considerando apenas as 63 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a medida passou de 5,50% para 5,47%.

A projeção para o IPCA de 2026 se estabilizou em 4,50%, colada ao teto da meta. Um mês antes, também era de 4,50%. O Banco Central espera que o IPCA some 4,8% em 2025 e 3,6% em 2026, conforme a trajetória divulgada no comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) de maio. O fim do ano que vem é o horizonte relevante do colegiado.

Na última reunião, o comitê aumentou a taxa Selic em 0,5 ponto porcentual, de 14,25% para 14,75% — o maior nível desde julho de 2006. Desde setembro, quando o ciclo de aperto teve início, os juros já subiram 4,25 pontos.

A partir deste ano, a meta de inflação é contínua, com base no IPCA acumulado em 12 meses. O centro é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos. Se o IPCA ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, considera-se que o BC perdeu o alvo.

Focus eleva previsão para o aumento do PIB em 2025

A mediana do relatório Focus para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2025 aumentou de 2,0% para 2,02%, após três semanas de estabilidade. Considerando apenas as 36 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, passou de 2,01% para 2,0%.

Na ata da sua última reunião, de maio, o Comitê de Política Monetária (Copom) afirmou que a taxa de juros “significativamente contracionista” tem contribuído para moderar o crescimento da atividade. Segundo o colegiado, a tendência é que esse processo ganhe força nos próximos trimestres. O BC espera alta de 1,9% para o PIB em 2025.

A estimativa intermediária do Focus para o crescimento da economia brasileira em 2026 se manteve em 1,70% pela quarta semana seguida. A mediana para o crescimento do PIB de 2027 permaneceu em 2,0% pela sétima semana seguida. A estimativa intermediária para 2028 ficou estável, em 2,0%, pela 62ª semana seguida.

A mediana do relatório Focus para a Selic no fim de 2025 continuou em 14,75% pela terceira semana consecutiva. Os juros estão nesse nível desde 7 de maio, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa em 0,5 ponto porcentual. Considerando apenas as 73 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a mediana para o fim de 2025 também se manteve em 14,75%.

Ao comunicar a decisão, o colegiado já havia tornado o seu balanço de riscos para a inflação simétrico e abandonado o forward guidance, deixando as possibilidades em aberto para a sua próxima reunião, nos dias 17 e 18 de junho.

“Para a próxima reunião, o cenário de elevada incerteza, aliado ao estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos acumulados ainda por serem observados, demanda cautela adicional na atuação da política monetária e flexibilidade para incorporar os dados que impactem a dinâmica de inflação”, afirmou.

A mediana para a Selic no fim de 2026 ficou estável em 12,50% pela 16ª semana consecutiva. Mas, levando em conta apenas as 72 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa intermediária caiu de 12,50% para 12,25% — indicando maior espaço para afrouxar a política monetária no ano que vem.

A estimativa intermediária para o fim de 2027 continuou em 10,50% pela 14ª semana seguida. A mediana para a Selic no fim de 2028 se manteve em 10,0% pela 21ª semana consecutiva.

Com Estadão Conteúdo

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