Mundial de Clubes: EUA retêm 30% das premiações de clubes brasileiros
Enquanto o Brasil parava para curtir as festas juninas e assistir aos jogos do Mundial de Clubes, os Estados Unidos comemoravam por outro motivo: o lucro.

Com Palmeiras, Flamengo, Botafogo e Fluminense classificados às oitavas, o futebol brasileiro já acumulou US$ 107,4 milhões (ou R$ 593 milhões) em premiações da Fifa. Mas cerca de 30% desse valor — R$ 178 milhões — ficou nos cofres norte-americanos, graças aos impostos nacionais e locais, de acordo com um levantamento do ESPN.com.br.
O Mundial de Clubes em números
Muito além do valor destinado aos cofres públicos estadunidenses por meio de impostos, os brasileiros também estão movimentando a economia norte-americana durante o torneio.
Com base em dados do banco digital Nomad, cada torcedor brasileiro gasta, em média, US$ 2.198 em viagens aos EUA — valor que não inclui passagens. Estima-se que ao menos 25 mil brasileiros tenham viajado para acompanhar a competição, injetando mais de US$ 54 milhões (R$ 298 milhões) na economia local, entre hotéis, restaurantes e lojas.
Boa parte dos voos entre os dois países é operada por empresas americanas, o que amplia ainda mais o faturamento. Em 2022, o Brasil foi o sexto país que mais gastou em turismo nos EUA, com US$ 6,1 bilhões desembolsados.
O Mundial também evidencia o peso financeiro dos clubes brasileiros. De acordo com o Transfermarkt, plataforma alemã especializada em valores de mercado, o Palmeiras lidera o ranking nacional, avaliado em € 252,55 milhões. Flamengo e Botafogo completam o pódio. No elenco global, o brasileiro Vinícius Júnior aparece entre os mais valiosos do mundo, com € 170 milhões.
Se dentro de campo os times brasileiros sonham com o título, fora dele os Estados Unidos já são campeões de faturamento no Mundial de Clubes.