ETFs internacionais poderão ser impulsionados no Brasil com mudança em BDRs

Com a nova mudança na regra de BDRs (Brazilian Depositary Receipts), que até então eram apenas para investidores qualificados e agora será liberado para pessoas físicas, a gestora BlackRock mostrou um certo ânimo com a viabilidade de trazer ETFs (Exchange-Traded Fund) de fora. As informações são do jornal “Valor Investe” e foram publicadas nesta quinta-feira (13).

Os ETFs são conhecidos como fundos de índice que replicam a performance financeira de um conjunto de ativos pré-determinado. Um ETF pode investir em ações, moedas, índices de mercado, entre outros. Com o novo corte promovido pelo Banco Central (BC) na taxa básica de juros (Selic), há cerca de uma semana, deixando a taxa em 2% ao ano, investir em renda variável se tornou algo ainda mais interessante para o brasileiro. Além disso, aplicar uma parte do patrimônio em ativos estrangeiros, com ou sem a variação cambial, também pode ser uma opção atrativa. Isso porque os ativos lá de fora podem trazer uma maior rentabilidade e também ajudar a proteger a carteira de investimentos.

O presidente da BlackRock no Brasil, Carlos Takahashi, afirmou que a novidade anunciada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que consiste em permitir que o investidor negocie BDRs de empresas brasileiras listadas no exterior e que exclui restrição de investidor qualificado, acarretará em custos menores para os gestores trazerem ETFs para o Brasil. A fala foi dita em entrevista ao “Valor Investe”.

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“O custo e a eficiência com o BDR é maior, pois o custo de estruturar um ETF local é maior do que utilizar esta nova opção com o BDR. O ETF já está constituído lá fora. Com a medida, portanto, você traz o ETF diretamente pelo BDR; antes você teria que abrir um fundo local”, disse Takahashi.

Mesmo afirmando que a BlackRock está avaliando as opções de trazer novos produtos ao mercado brasileiro, visando a difersificação, Takahashi se isentou de dar previsões de quando a gestora poderá lançar ETFs internacionais em território nacional. O executivo disse apenas que quer fazer isso “o quanto antes”.

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Juliano Passaro

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