Enauta (ENAT3): acionista controlador propõe pagamento de R$ 450 milhões em dividendos

A Enauta (ENAT3) anunciou na última quinta-feira (21) que quer pagar R$ 450 milhões em dividendos aos seus acionistas.

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Em fato relevante arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), seu acionista controlador Queiroz Galvão S.A. irá propor uma alocação de resultados de 2021 diferente da que será sugerida em assembleia, dia 26, pela diretoria.

A proposta, portanto, leva ao pagamento de R$ 450 milhões de dividendos. A da administração é de R$ 39,5 milhões. Com este valor, os rendimentos seriam de 7,8%.

Esses rendimentos devem ser deliberados em Assembleia Geral Ordinária (AGO) e Extraordinária da empresa.

O prazo para o pagamento foi postergado: anteriormente seria feito no dia 6 de maio, na semana que vem. O adiamento foi a pedido da administração da empresa. Com a nova proposta, a data mais provável de pagamento é a partir de 30 de maio deste ano.

As datas de corte para a nova proposta ainda não foram anunciadas.

Segundo o documento enviado pela Enauta, esses proventos fazem parte dos dividendos obrigatórios do exercício de 2021.

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Dividendos da Enauta

  • Valor total: R$ 450 milhões
  • Valor por ação: A ser anunciado
  • Data de corte: A ser anunciado
  • Data do pagamento: A partir de 30 de maio
  • Rendimento (dividend yield): 7,8%

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Enauta (ENAT3) recebe proposta e estuda vender metade do Campo de Atlanta

Enauta (ENAT3), antiga Queiroz Galvão, informou nesta quarta-feira (30) que estuda a venda de metade do Campo de Atlanta, no litoral fluminense.

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Enauta afirmou que recebeu uma proposta da Karoon Energy por 50% da participação no conjunto de poços de exploração. Ambas as companhias assinaram acordo que garante exclusividade na negociação até maio de 2022.

Desde abril do ano passado, a Enauta busca novos parceiros para o desenvolvimento e exploração do Campo de Atlanta. A empresa é dona de 100% dos direitos de exploração de petróleo na região.

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A produção no Campo de Atlanta chegou a ser interrompida em setembro do último ano por causa de falhas no sistema de bombas submarinas.

Após novas perfurações, reparo dos sistemas e compra de uma embarcação – unidade flutuante de armazenamento e transferência (ou FPSO, na sigla em inglês) -, a produção do campo foi retomada integralmente em janeiro deste ano.

Em nota, o presidente da Enauta, Décio Oddone, afirmou que “a aquisição do FPSO é mais um passo importante para a concretização do Sistema Definitivo de Atlanta”

“Se tivermos sucesso na sanção do projeto, a produção de Atlanta chegará à casa dos 50 mil barris de óleo por dia a partir de 2024, gerando expressivo valor para os nossos acionistas”, adicionou.

Segundo o diretor-presidente da Enauta, Lincoln Guardado: “Estamos muito satisfeitos com a entrega da produção dos três poços próxima à capacidade máxima de processamento do FPSO. Isso demonstra o nosso comprometimento com as metas operacionais e a crença na capacidade operacional do Campo de Atlanta, o que nos dá confiança para avançar para o Sistema Definitivo” .

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De acordo com a empresa, o Campo de Atlanta tem 103,1 milhões de barris de petróleo em reservas confirmadas e prováveis. Até o fim de 2020, a empresa havia extraído cerca de 16,13 milhões de barris. O volume de óleo total, entretanto, chega a 1,29 bilhão de barris.

Em nota, a Enauta destacou que, “após implantação de soluções tecnológicas inovadoras para viabilizar a produção e perfuração dos três poços [no Campo de Atlanta], o consórcio atingiu o marco de 30.462 barris de óleo por dia, uma conquista relevante em meio ao histórico desafiador do Campo”.

Cotação

No pregão de hoje, a cotação das ações da Enauta sobe 0,87%, a R$ 22,10, às 12h20. No acumulado do ano, os ativos ganharam 65,54%.

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Victória Anhesini

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