Embraer (EMBR3): veja a recomendação do BTG após a venda de 90 jatos para a American Airlines

Em seu último relatório sobre a Embraer (EMBR3), o BTG Pactual (BPAC11) reagiu positivamente à notícia de que a American Airlines (AALL34) confirmou a encomenda de 90 jatos E175s da fabricante brasileira de aeronaves, com direitos de compra para outros 43. O banco tem recomendação de ‘compra’ para as ações da companhia.

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O anúncio, inclusive, fez as ações de Embraer fecharem em alta de 4,3% no Ibovespa nesta segunda-feira (4).

Cotação EMBR3

Gráfico gerado em: 05/03/2024
1 Dia

Segundo o BTG, o negócio, com todos os direitos de compra exercidos, vale mais de US$ 7 bilhões pelo preço de lista, e os pedidos firmes da American Airlines serão incluídos na carteira de pedidos do 1º trimestre de 2024.

“Esse movimento destaca a forte demanda por aviação comercial e a sólida posição da Embraer nos EUA. Também mostra como suas aeronaves E175 permanecem competitivas e reafirma a tendência de demanda sólida em centros urbanos pequenos e médios nos EUA, favorecendo aeronaves menores”, disseram os analistas Lucas Marquiori, Fernanda Recchia, Marcelo Arazi e Marcel Zambello.

O banco lembra que, considerando os 90 pedidos firmes, o E175 agora tem 88% de participação de mercado na região, mantendo sua posição com uma das aeronaves mais populares desde 2013. “Este foi o maior pedido único de E175s pela American Airlines, reafirmando a forte posição competitiva das aeronaves da Embraer”.

Ainda para o BTG, o anúncio reafirma a sólida posição do produto da Embraer em um mercado chave como os Estados Unidos, além de adicionar um importante backlog na divisão comercial, reduzindo preocupações com a concorrência mais acirrada no segmento e melhorando a visibilidade de longo prazo.

O BTG tem recomendação de ‘compra’ para as ações de Embraer, com preço-alvo a R$ 26,00.

Embraer (EMBR3) quer transformar Arábia Saudita em hub da companhia para a região

Enquanto negocia a venda de 33 aeronaves de transporte militar C-390 Millennium com o governo saudita, o vice-presidente da divisão de Defesa e Segurança da Embraer para Oriente Médio e Ásia-Pacífico, Caetano Spuldaro Neto, disse na última segunda-feira (4) que a proposta brasileira também tem o objetivo de maximizar a presença da companhia na região.

“Isso pode incluir a abertura de um escritório de engenharia, um centro de finalização de aeronaves, uma linha de produção de equipamentos e centros de treinamento da Embraer na Arábia Saudita. Toda essa proposta de valor está alinhada com a ‘Visão 2030’ de desenvolvimento do governo saudita”, afirmou Spuldaro, em palestra a empresários dos dois países na “Brazil Saudi Arabia Conference“, realizada pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide) na sede da Federação das Câmaras de Comércio Saudita, em Riad.

Além da Força Aérea Brasileira, a Embraer já fechou a venda de unidades do C-390 para os governos de Portugal, Hungria, Holanda, Áustria, República Tcheca e Coreia do Sul. O modelo voltado para transporte de cargas e tropas também pode ser usado para combate aéreo ou em missões de evacuação médica, resgate e assistência humanitária. O modelo também é capaz de reabastecer outros aviões e helicópteros em pleno voo. De acordo com a empresa, a aeronave pode ser reconfigurada para os demais usos em apenas três horas.

Segundo Spuldaro, a aquisição da aeronave pela Arábia Saudita pode proporcionar uma economia de US$ 2 bilhões do ponto de vista operacional para o governo do país nos próximos 30 anos. Além da economia com manutenção, a proposta inclui o atendimento de especificidades requeridas pela Força Aérea da Arábia Saudita e uma parceria com a Saudi Arabian Military Industries (Sami).

“Queremos incluir a transferência de tecnologia para, no longo prazo, podermos desenvolver equipamentos e explorar mercados de maneira conjunta. Essa proposta de valor para o governo saudita está disponível para todas as aeronaves produzidas pela Embraer, incluindo os jatos executivos”, acrescentou. “Queremos transformar a Arábia Saudita em um hub da Embraer para a região, incluindo o Oriente Médio e o Norte da África”, completou Spuldaro.

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Durante visita ao país, em novembro do ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfatizou a proposta da Embraer diretamente ao príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammad bin Salman.

“Como a Arábia Saudita tem muito dinheiro e precisa levar muita carga para muitos lugares do mundo, aquele avião é feito exatamente para atender os interesses e o sonho da Arábia Saudita. E eu quero dizer para vocês que eu tenho muito orgulho de estar aqui sendo garoto propaganda da Embraer”, declarou o presidente, na ocasião.

Durante a visita presidencial, a Embraer fechou três acordos na Arábia Saudita, incluindo um memorando de entendimento de cooperação e parcerias com o governo, um memorando de entendimento com a Sami e um memorando de entendimento com a FlyNas, sobre operações de táxi aéreo.

No começo de fevereiro, durante o World Defense Show 2024, a Saudia Technic e a Embraer Serviços & Suporte assinaram um memorando de entendimento para iniciar colaboração em atividades de manutenção e treinamento. Segundo a empresa, o objetivo é aprimorar a cooperação tanto na Aviação Comercial, com foco na família de jatos E2, quanto na Aviação Executiva.

*Com informações de Estadão Conteúdo

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Giovanni Porfírio Jacomino

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