IPCA: Educação teve o maior impacto e a maior variação no índice

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) sofreu pressão dos reajustes sazonais de Educação, mas também impulsionou o índice o encarecimento de alimentos e da gasolina, apontou André Almeida, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Os aumentos dos gastos com educação, alimentação e gasolina responderam por cerca de três quartos (aproximadamente 75%) da inflação de 0,83% registrada pelo IPCA de fevereiro.

As despesas com Educação subiram 4,98%, impacto de 0,29 ponto porcentual sobre o IPCA do mês. Os gastos com Alimentação e bebidas avançaram 0,95%, contribuição de 0,20 ponto porcentual. O preço da gasolina aumentou 2,93%, impacto de 0,14 ponto porcentual.

“De fato, o grupo Educação teve o maior impacto e a maior variação do mês de fevereiro. Porém, a gente também teve outros grupos que tiveram uma contribuição relevante, como é o caso, por exemplo, dos alimentícios e também o grupo dos Transportes”, apontou Almeida.

Segundo ele, os alimentos têm sido pressionados por um efeito sazonal de condições climáticas desfavoráveis para alguns itens in natura, que neste verão foram exacerbadas pelo fenômeno El Niño. “No caso dos alimentícios, os preços continuaram subindo, mas num ritmo menor do que no mês passado (janeiro)”, observou.

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Impacto dos transportes no IPCA

Nos transportes, embora tenha havido recuo nas passagens aéreas, os combustíveis ficaram mais caros, sobretudo a gasolina, item de maior peso na composição do IPCA. “A partir de 1º de fevereiro houve aumento de ICMS sobre gasolina e óleo diesel.

Então isso pode ter contribuído para essa alta na gasolina e no diesel também. Mas a gasolina teve alta superior”, justificou.

Quanto à Educação, Almeida explica que o IPCA costuma concentrar a maior parte do aumento anual das mensalidades no mês de fevereiro.

“Normalmente a gente incorpora essa inflação de reajustes de mensalidades escolares em fevereiro e em agosto. Normalmente em fevereiro esse impacto é maior, mas alguns resquícios são assimilados em agosto. Os reajustes concedidos no segundo semestre a gente acaba incorporando no mês de agosto”, explicou ele.

Na direção oposta, os principais alívios no IPCA do mês de fevereiro partiram da passagem aérea (-0,09 ponto porcentual) e cinema, teatro e concertos (-0,02 p.p.). “Teve a semana do cinema, praticamente todos os cinemas do País deram descontos na semana”, contou Almeida.

Com Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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