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Com Treasuries atrativos, dólar avança 0,8%, próximo dos R$ 5,60

Mercado de Treasuries nos EUA tem primeiro bear market em 30 anos

Mercado de Treasuries nos EUA tem primeiro bear market em 30 anos

Com os títulos do Tesouro dos Estados Unidos (Treasuries) subindo e ficando mais atrativos, e o fluxo de capital dos investidores se direcionando para os EUA, o dólar opera em alta pressionado pelas movimentações.

Por volta das 13h38, nesta sexta-feira (26),o dólar apresentava alta de 0,75%, negociado a R$ 5,5724. O mercado acompanha a alta das taxas de Treasuries dos EUA e como isso pode influenciar a saída de capital de estrangeiros no Brasil.

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Nos últimos dias, o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, buscou atenuar as preocupações dos investidores quanto à inflação e às taxas mais altas. O economista reiterou o compromisso de manter uma posição acomodatícia para o país superar a crise.

Os títulos de 10 anos quebraram a barreira de 1,45% pela primeira vez desde fevereiro de 2020.

Segundo o Head da mesa de câmbio da Planner Corretora, Márcio Simões, ao analisar o mercado atualmente, percebe-se uma tendência de saída de capital dos estrangeiros do País, o que automaticamente pressiona a volatilidade do dólar.

“Vemos uma tendência de aumento dos juros lá nos EUA, o que pode resultar na saída de estrangeiros do Brasil”, disse Simões.

Polêmicas que envolvem Petrobras e Eletrobras podem afastar capital estrangeiro

Os ruídos políticos, como a intervenção do presidente Jair Bolsonaro na Eletrobras (ELET3) e Petrobras (PETR4), podem afastar os investidores estrangeiros, contribuindo para essa saída de capital do Brasil.

“Talvez, neste momento, o gringo saia da Bolsa [B3] e invista lá fora, ou seja, podemos ter saída de fluxo”, analisou Simões.

Para ‘combater’ a alta do dólar é necessário que o Banco Central torne as taxas de juros brasileiras mais interessantes. A previsão de Simões é que a taxa básica de juros (Selic) seja aumentada em 0,50% em março deste ano. “Para sustentar um pouco a volatilidade do câmbio é importante que o BC aumente a taxa Selic em 0,5 “.

Última cotação do dólar

Na última sessão, quinta-feira (25), o dólar encerrou o pregão em alta de 1,72%, negociado a R$ 5,51.

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