Dólar despenca 1,5%, a R$ 5,07, com PIB acima do esperado

O dólar permanece em forte queda nesta quarta-feira (02) com os mercados locais repercutindo o bom humor de ontem.

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Por volta das 15h20, o dólar despencava 1,5%, negociado a R$ 5,07. A economista-chefe do Banco Ourinvest, Fernanda Consorte, aponta que os mercados reagem ainda à divulgação do Produto Interno Bruto do Brasil.

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O PIB do Brasil cresceu 1,2% no primeiro trimestre deste ano, em comparação ao três meses imediatamente anteriores, na série com ajuste sazonal. Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 2,04 trilhões, segundo a divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (1).

O resultado do PIB brasileiro ficou acima da expectativa do mercado, que estava entre alta de 0,7% e 0,9%. Com isso, a economia brasileira voltou ao patamar do quarto trimestre de 2019, antes da chegada da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

“Ontem, os mercados locais bateram recorde tanto na Bolsa quanto no dólar que chegou a ser cotado a R$ 5,15 diante da surpresa positiva da atividade econômica após a divulgação do resultado do PIB. O risco contudo continua sendo a crise hídrica que ganhou novos alertas ontem”, disse Consorte.

Crise hídrica

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou hoje que a crise hídrica afeta a inflação.

“Como isso afeta a política monetária? Estamos falando sobre crise de energia no Brasil novamente, porque não está chovendo o suficiente. Isso tem efeito na inflação, no preço dos alimentos, afeta tudo que fazemos. Está muito ligado ao nosso mandato”, disse em evento promovido pelo BIS (Bank for International Settlements).

Campos Neto reiterou que a sociedade demanda que o crescimento econômico seja sustentável e inclusivo. “A maturidade da população nesse aspecto mudou completamente [nos últimos anos]”, pontuou.

Última cotação do dólar

Na última sessão, terça-feira (1), o dólar encerrou o pregão em queda de 1,51%, negociado a R$ 5,14.

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Poliana Santos

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