Dólar cai com exterior ameno e vendas no varejo no radar

O dólar opera em baixa no mercado doméstico, acompanhando a desvalorização no exterior ante algumas divisas emergentes pares do real, como peso mexicano, peso chileno, rublo e rand sul africano nesta manhã de quinta-feira. Os investidores ajustam posições de olho ainda na queda das vendas no varejo no País em setembro piores que as medianas esperadas pelo mercado, mas dentro dos intervalos das projeções.

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Às 10h26 desta quinta, o dólar à vista recuava 0,90%, a R$ 5,4470. O dólar para dezembro caía 0,83%, a R$ 5,4640.

As vendas do comércio varejista caíram 1,3% em setembro ante agosto, na série com ajuste sazonal, ante mediana das apostas dos analistas de -0,6% e dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde uma queda de 2,0% a alta de 1,3%.

Na comparação com setembro de 2020, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram baixa de 5,5% em setembro de 2021. Nesse confronto, as projeções iam de uma queda de 6,4% a 1,5%, com mediana negativa de 4,0%. As vendas do varejo restrito acumularam crescimento de 3,8% no ano e alta de 3,9% em 12 meses.

No exterior, há comentários de que a China pode vir a relaxar sua política para o setor imobiliário. Além disso, a incorporadora chinesa Evergrande fez uma série de pagamentos de bônus de última hora, a fim de evitar um default, o que favorece o avanço dos índices futuros de Nova York e das bolsas europeias também, apesar dos dados piores que o esperado de crescimento do PIB e da produção industrial no Reino Unido, que enfraquecem a libra frente o dólar.

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Contudo, a divisa americana sobe também frente a seus pares principais e grande parte das outras divisas emergentes ligadas a commodities, diante da leitura do mercado de que a inflação forte nos EUA poderia levar o Fed a acelerar o encerramento de seu programa de compra de títulos e aumentar os juros em meados de 2022. A inflação ao consumidor (CPI) americano subiu 0,9% em outubro na margem – ritmo mais acentuado em três décadas – e o seu núcleo avançou 0,6%, ambos acima das previsões.

É possível que a liquidez seja afetada pelo fechamento hoje do mercado de Treasuries nos EUA por causa do feriado pelo Dia dos Veteranos no país.

Mais cedo, o Banco Central informou, por meio de nota, a saída do diretor de Política Econômica, Fabio Kanczuk, ao fim do seu mandato, no dia 31 de dezembro deste ano. Pela lei de autonomia do BC, o período poderia ser renovado por mais um ciclo. Para substituir Kanczuk, o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, indicou o economista Diogo Abry Guillen, economista-chefe da Itaú Asset Management e professor vinculado ao Insper. Guillen é bacharel e mestre pelo Departamento de Economia da PUC-Rio e PhD em economia por Princeton University. Ele ainda terá de ser sabatinado no Senado.

Última cotação do dólar

Na última sessão, quarta-feira (10), o dólar encerrou em alta de 0,09%, negociado a R$ 5,50.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Poliana Santos

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