Dólar cai, mas alta de retorno de Treasuries pressiona

O dólar opera em queda frente o real na manhã desta sexta-feira (16), alinhado ao ajuste externo ante outras divisas emergentes. Mas o rendimento dos Treasuries virou para cima nos Estados Unidos mais cedo, levando o câmbio a registrar máximas, devolvendo boa parte das perdas intradia. Logo depois, no entanto, a divisa renovou mínima no mercado local.

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Às 10h desta sexta, o dólar à vista caía 0,22%, a R$ 5,0910, após mínima a R$ 5,080 (-0,68%) e máxima a R$ 5,1080 (-0,13%). O dólar futuro de agosto recuava 0,47%, a R$ 5,0990, após oscilar de R$ 5,0870 (-0,70%) a R$ 5,1155 (-0,15%). O Juro da T-Note 2 anos estava a 0,2336%, de 0,2250% na tarde anterior; o juro da T-Note 10 anos subia a 1,3163, de 1,2990%; e o juro do T-Bond 30 anos subia a 1,9411, de 1,9210%.

O rendimento dos títulos do Tesouro americano ganhou força com ajustes antes de dados dos EUA, incluindo as vendas no varejo e o índice de confiança do consumidor. Os investidores também aguardam novas falas do presidente do Fed da distrital de NY, John Williams, e do presidente do Fed, Jerome Powell, que participa junto com a secretária do Tesouro, Janet Yellen, de reunião do Conselho de Estabilidade Financeira.

Está no radar ainda a deterioração recente das relações entre as duas maiores economias do planeta. A China ameaçou hoje “responder com firmeza e vigor” às eventuais sanções impostas pelos Estados Unidos ao país por conta da repressão à democracia em Hong Kong.

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Na quinta, a agência Reuters informou que o governo americano prepara uma série de medidas para fazer frente ao crescente controle chinês sobre o território semiautônomo, que devem ser divulgadas nesta sexta-feira. Washington também deve emitir um alerta a empresas sobre os riscos de se operar na cidade, de acordo com o jornal The Wall Street Journal.

Em coletiva de imprensa, o porta-voz do ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, acusou os EUA de interferências em questões domésticas do país asiático e disse que o governo chinês é “inabalável” na defesa da soberania nacional e de seus interesses.

Na agenda interna, o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) desacelerou para alta de 0,18% em julho, após ter aumentado 2,32% em junho, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O dado veio dentro do intervalo de estimativas coletadas pelo Projeções Broadcast, mas ficou ligeiramente superior à mediana das estimativas colhidas pelo Projeções Broadcast, de 0,15%. O IGP-10 acumulou um aumento de 15,52% no ano.

Última cotação do dólar

Na última sessão, quinta-feira (15), o dólar encerrou o pregão em alta de 0,60%, negociado a R$ 5,11.

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(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Poliana Santos

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