Dino faz balanço dos atos terroristas e cita 1500 detidos

Flávio Dino atribuiu ao governo do Distrito Federal a responsabilidade e a conivência dos atos terroristas vistos ontem (8) em Brasília. Segundo o ministro da Justiça, a mudança de planejamento das forças de segurança pública do DF foi determinante para possibilitar a invasão e destruição dos prédios públicos.

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Em coletiva de imprensa, Dino relatou uma reunião prévia entre forças federais e distritais para acertar o planejamento operacional. A reunião ocorreu no fim da semana. Ficou acertado que os manifestantes não entrariam na Esplanada.

Para isso, haveria um bloqueio no caminho que leva ao Congresso Nacional e à Praça dos Três Poderes. No entanto, Dino afirma que houve uma avaliação das autoridades locais de que seria possível, na última hora, mudar o planejamento.

Esse planejamento foi modificado e isso ensejou que essas pessoas descessem até próximo do Congresso Nacional e, em seguida, o descontrole que vocês viram”, afirmou Dino.

O ministro da Justiça evitou dizer que essa mudança de planejamento foi criminosa. Apesar disso, afirma que as manifestações golpistas poderiam ter sido evitadas, se o combinado com o governo federal tivesse sido cumprido. Ele ainda afirmou que as razões dessa mudança estão sendo investigadas.

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“O que eu vi era que o contingente policial estava absolutamente em desconformidade com a decisão tomada de deixar que eles descessem a Esplanada. Tanto é que quando os efetivos foram ampliados, uma hora e meia após o início dos episódios, rapidamente a situação foi controlada.”

Investigações

As investigações sobre os atos golpistas em Brasília seguirão apurando as responsabilidades. A Polícia Federal já tem a relação dos contratantes dos ônibus que trouxeram manifestantes de outros estados. Eles serão chamadas para depor e ajudar a polícia a identificar os financiadores desses atos.

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Além disso, a Advocacia Geral da União (AGU) aguarda os laudos da perícia dos prédios invadidos e depredados. Caberá à AGU cobrar dos responsáveis os danos provocados. Além dos danos materiais, como vidraças, mesas e cadeiras quebradas, há uma grande quantidade de patrimônio histórico destruída ou desaparecida.

De acordo com o ministro da Justiça, até o momento, cerca de 1,5 mil pessoas, suspeitas de vandalismo, destruição do patrimônio público e tentativa de golpe, foram presas. Dessas, 209 presas foram detidas ontem, em flagrante, e outras 1,2 mil estão sendo ouvidas hoje, detidas pela polícia.

Flávio Dino convoca Força Nacional

Dino disse ainda que pretende devolver a gestão da segurança pública do DF, agora sob intervenção federal, ao governo local “o quanto antes”. Segundo ele, haverá “revisão” nas polícias do DF, sobretudo na Polícia Militar. Imagens da invasão mostram policiais inertes, permitindo os vândalos invadirem o Congresso Nacional sem serem incomodados.

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Após os atos terroristas em Brasília, o ministro anunciou o incremento de cerca de 500 policiais da Força Nacional de outros estados, que chegarão para atuar na segurança da Esplanada e da Praça dos Três Poderes. Com isso, a polícia militar do DF retomará suas atividades de rotina.

“Nós recebemos a colaboração de governadores de aproximadamente dez estados, que já enviaram contingentes mobilizados por Portaria que eu editei ontem e vou editar outras, para fortalecimento da Força Nacional”, afirmou Dino.

Com informações da Agência Brasil

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Janize Colaço

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