Diesel: Caminhoneiros se dividem após reajuste e alguns falam em greve

A alta no diesel na última quarta-feira (17) marcou uma nova derrota para os caminhoneiros nesta semana. Além da elevação do combustível a classe já sofria com o pacote de medidas do governo que não atingiu o esperado.

No entanto, os R$ 0,10 a mais no diesel divide os caminhoneiros, onde uma parte mais radical passou a articular uma paralisação nos próximos dez dias, enquanto a turma do “deixa disso” prefere aguardar mais e dar mais tempo ao governo.

Os caminhoneiros reivindicam uma maior representatividade da classe em Brasília, para conseguir discutir as verdadeiras necessidades da categoria.

Reajuste do diesel

A Petrobras anunciou um aumento de R$ 0,10 por litro no preço do óleo diesel, na última quarta. Com essa alta, o litro do combustível passa a custar R$ 2,2470 nas distribuidoras do Brasil.

Esse aumento representa uma variação média de 4,84% nos preços do diesel. As distribuidoras da estatal passariam de uma alta mínima de 4,5% a uma alta máxima de 5,1%.

Saiba mais: Petrobras anuncia aumento de R$ 0,10 no preço do diesel

O aumento anunciado nesta quarta foi R$ 0,0192 menor daquele determinado na semana passada. Naquela ocasião, a Petrobras recuou após uma intervenção do presidente da República, Jair Bolsonaro.

Intervenção do governo

Há cerca de uma semana, o presidente Jair Bolsonaro interviu na alta de 5,7% pretendida pela Petrobras. Após o anúncio do reajuste no site da estatal, Bolsonaro entrou em contato com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, pedindo que a medida fosse cancelada.

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A intervenção de Bolsonaro na alta do diesel acabou causando uma grande perda de valor de mercado por parte da estatal. Na última sexta-feira (12), um dia após a intervenção, a companhia havia sido desvalorizada em R$ 32 bilhões.

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Renan Bandeira

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