Deutsche Bank: lucro sobe 67%, mas receita cai com desistência de fusão

O Deutsche Bank teve alta de 67% no lucro líquido, que foi de 201 milhões de euros. O avanço do mês de março é em comparação com o mesmo período do último ano.

Apesar do aumento do lucro, o Deutsche Bank apresentou uma queda de 9% em sua receita em relação a março de 2018. Dessa forma, o resultado do banco alemão totalizou 6,35 bilhões de euros. O balanço era esperado pelo DB.

“A continuidade de nossa disciplina nos custos nos ajudou a compensar a queda na receita e estamos bem a caminho de atingir nossa meta de redução de custos de 21,8 bilhões de euros em 2019”, comentou o executivo-chefe do Deutsche Bank, Christian Sewing.

Os resultados do banco alemão foram divulgados um dia após a instituição desistir das conversas sobre uma possível fusão com o Commerzbank.

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Desistência de fusão

As duas maiores instituições financeiras da Alemanha, o Deutsche Bank e o Commerzbank confirmaram em março que conversavam sobre uma possível fusão.

Entretanto, na quinta-feira (25), as instituições informaram que desistiram de dar continuidade às negociações. O motivo alegado era que a fusão não traria valor agregado suficiente para os bancos.

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“Chegamos à conclusão de que uma fusão não ofereceria valor agregado suficiente – também com vistas a riscos de implementação, custos de reestruturação e exigências de capital”, disse Sewing.

Já o Commerzbank afirmou, em comunicado que “Uma fusão não oferece valor agregado. Nós nos atemos a nossa estratégia e impulsionaremos nosso crescimento em conjunto com nossos clientes.”

Como seria com uma fusão?

 

Com a fusão, seria possível criar um grande banco comercial privado na Alemanha. O balanço chegaria a dois bilhões de euros. Além disso, o banco teria 140 mil funcionário e depósitos de poupanças de 840 milhões de euros. Dessa forma, a instituição financeira se tornaria o segundo maior banco comercial privado da zona do euro depois do francês BNP Paribas.

Por outro lado, sindicatos foram contra a possível união. Eles argumentam que isso poderia gerar perdas de emprego em massa. Além disso, outras instituições também defenderam que a fusão dos bancos poderia elevar os preços onde os serviços bancários são de baixo custo ou gratuitos.

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O Deustche Bank é a maior instituição credora da Alemanha e tem sido afetado por escândalos de lavagem de dinheiro e crises financeiras. Os papéis do banco caíram 73% nos últimos cinco anos. Já o Commerzbank possui 15% de participação do governo alemão após o mesmo resgatar a instituição durante uma crise financeira.

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Beatriz Oliveira

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