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Desemprego cai em 2022 e fica no menor patamar desde 2015, segundo IBGE

Desemprego

Vagas de emprego. Foto: Agência Brasil

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 7,9% no último trimestre de 2022, de acordo com os dados mensais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta terça (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Assim, o número anual do desemprego fechou em 9,3%, menor resultado desde 2015.

“O ano de 2021 foi de transição, saindo do pior momento da série histórica, sob o impacto da pandemia e do isolamento ocorrido em 2020. Já 2022 marca a consolidação do processo de recuperação”, explicou Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.

O resultado ficou dentro das expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que estimavam uma taxa de desemprego entre 7,7% e 8,1% no quarto trimestre de 2022 (4T22), e em linha com a mediana de 7,9%.

No mesmo período de 2021, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 11,1%. No trimestre móvel até novembro, a taxa de desocupação estava em 8,1%.

A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.808 no 4T22. O resultado representa alta de 8,3% em relação ao mesmo trimestre de 2021.

Desemprego X população ocupada

O país registrou uma abertura de 101 mil vagas no mercado de trabalho em apenas um trimestre. A população ocupada ficou em 99,37 milhões de pessoas no trimestre encerrado em dezembro. Em um ano, esse contingente aumentou em 3,622 milhões de pessoas.

Já a população desocupada diminuiu em 888 mil pessoas em um trimestre, totalizando 8,572 milhões de desempregados no trimestre até dezembro. Em um ano, 3,439 milhões de pessoas deixaram o desemprego.

A população inativa somou 65,903 milhões de pessoas no trimestre encerrado em dezembro, 1,174 milhão de a mais que no trimestre anterior. Em um ano, houve aumento de 1,377 milhão de pessoas.

Os economistas da Terra Investimentos João Maurício Lemos Rosal, Homero Azevedo Guizzo e Luís Gustavo Bettoni afirmaram que a expansão dos programas de transferência de renda é o principal motivo para a queda da taxa de participação do desemprego no Brasil.

“A queda da taxa de desemprego foi possibilitada pela queda na taxa de participação e, portanto, mascara um esfriamento do mercado de trabalho, mais evidente pela queda no número de ocupados. A conferir por quanto tempo a melhora do rendimento real continua”, comentaram os especialistas sobre os números do desemprego no Brasil.

Com Estadão Conteúdo e Agência IBGE

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