A CSN Mineração, subsidiária da CSN (CSNA3), decidiu adiar sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) para o próximo ano, segundo o jornal Valor Econômico. Ainda não houve um adiamento oficial, mas fontes consultadas pelo jornal afirmam que neste ano não há mais tempo para realizar o processo.
A volatilidade do mercado seria um dos principais motivos para deixar o IPO para o próximo ano. Além disso, o fato de que boa parte do dinheiro do IPO da mineradora seria utilizado para quitar dívidas da sua controladora era um agravante para o sucesso da estreia da companhia na B3.
O IPO da CSN Mineração foi protocolado no dia 19 de outubro. Apesar de não constar no documento entregue à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a quantidade exata de ações que a companhia pretendia ofertar, o mercado comentava que o valor total esperado era próximo a R$ 10 bilhões.
Adiamento do IPO da CSN Mineração já havia sido noticiado
No começo de novembro já haviam surgido comentários de que o processo seria deixado para mais tarde. Na época, fontes afirmaram que o IPO deve ser atraente para os investidores. No entanto, os problemas fiscais do país e as dúvidas sobre a pandemia trazem insegurança para a definição do preço.
Além disso, o mercado busca saber mais sobre as barragens de rejeitos que a CSN Mineração possui em suas minas, principalmente a de Congonhas. O fantasma de Brumadinho ainda assusta investidores que entram no setor. A companhia, entretanto, defende que sua estrutura é diferente das da Vale (VALE3).
O fato de a listagem da CSN Mineração ser feita no segmento de listagem Nível 2 B3 também levanta perspectivas negativas. Essa listagem não permite que os investidores tenham direito ao voto nas tomadas de decisões da companhia, o que torna o processo menos atraente.
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