CSN (CSNA3): lucro líquido atinge R$ 5,513 bi no 2TRI21, alta de 1.136%

A CSN (CSNA3) divulgou nesta terça-feira (27) seus resultados no segundo trimestre deste ano. A companhia anotou um lucro líquido de R$ 5,513 bilhões, alta de 1.136%, ou quase 12 vezes maior que os R$ 446 milhões registrados em igual período do ano passado. Em relação ao primeiro trimestre anterior, houve queda de 3% no lucro líquido.

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A alta do lucro foi impulsionada pela receita líquida da companhia, que ao final do segundo trimestre somou R$ 15,4 bilhões (+147%), com maior volume de venda no mercado interno.

Segundo a companhia, “o resultado é consequência da forte evolução de preços verificados no período para o minério de ferro quanto para o aço e o cimento.”  No semestre, a receita líquida atingiu R$ 27,3 bilhões, um desempenho 136% acima do observado no mesmo período de 2020

Por sua vez, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi recorde: R$ 8,17 bilhões, número 325% acima do R$ 1,93 bilhão reportado em 2020.

A dívida líquida caiu 36%, atingindo R$ 13,228 bilhões em junho. Trata-se de um patamar abaixo do guidance esperado para o final do ano. No período, a dívida líquida apresentou uma redução de R$ 7,3 bi em relação ao exercício anterior. Esse número foi impulsionado, de acordo com a companhia, por:

  • forte geração de caixa do período,
  • alienação de uma parcela das ações da Usiminas,
  • variação cambial registrada entre abril e junho.

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A alta do lucro veio, no entanto, abaixo do consenso: 0 BTG Pactual esperava um lucro de R$ 6,48 bilhões para a CSN ao final de junho, enquanto o Itaú BBA projetava um ganho de R$ 6,23 bilhões.

O custo dos produtos vendidos chegou a R$ 7.111 bilhões no segundo trimestre de 2021, montante 15% maior ao registrado entre janeiro e abril deste ano. “Isso ocorreu com a evolução do preço de algumas commodities no processo produtivo, além do maior volume de vendas de minério no mercado externo“, explicou a CSN.

Produção de minério de ferro sobe 25.4%

  • A demanda aquecida para cimentos e aumento de preços, segundo a CSN, puxaram o Ebitda do segmento para R$ 147 milhões no 2T21, aumento de 43% em comparação com o trimestre anterior. Em relação ao 2T20, o crescimento foi de 436%.
  • A Relação dívida Líquida/EBITDA saiu de 1,29x no 1T21 para 0,60x no 2T21, abaixo da meta estabelecida para o final do ano, reforçando a solidez financeira da empresa
  • a produção de minério de ferros atingiu 10,5 Mton (milhões de toneladas) no segundo trimestre de 2021, alta de 25,4% ante o trimestre anterior. Diz a CSN: “Combinação de maior volume com preços em ascensão levou a mais um recorde de EBITDA na mineração.”
  • A recuperação dos volumes ferroviários proporcionou aumento do Ebitda em 22%, atingindo R$ 269 MM no segundo trimestre de 2021.

 1TRI21 teve alta de 46% no lucro líquido

No primeiro trimestre desse ano, a companhia lucrou de forma líquida R$ 5,6 bilhões,  alta de 46% na comparação com os últimos três meses de 2020 e revertendo o prejuízo de R$ 1,3 bilhão dos três primeiros.

Segundo a siderúrgica, o resultado foi impulsionado por uma melhora operacional e pelo ganho de capital proveniente da abertura inicial de capital (IPO) da CSN Mineração (CMIN3).

Ao final de março, a receita líquida da CSN totalizou R$ 11,9 bilhões, crescendo 22% na base trimestral e 123% na base anual. “A melhora de receita no 1T21, na comparação sequencial, se deu principalmente pela manutenção dos fortes volumes de vendas, combinado com os maiores preços verificados no período tanto para o minério de ferro quanto para o aço e o cimento”, explicou o documento.

Última cotação da CSN

A ação da CSN (CSNA3) encerrou o pregão desta terça em queda de 1,01%, valendo R$ 46,88, antes da divulgação de seu balanço trimestral.

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Laura Moutinho

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