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Como os fundos imobiliários ajudam na proteção contra a inflação?

Fundos Imobiliários. - Foto: iStock

Fundos Imobiliários. - Foto: iStock

Após um primeiro semestre positivo, o IFIX acumula queda de 1,85% entre julho e 12 de agosto. Apesar da desvalorização recente das cotas, especialistas apontam fundamentos consistentes para os fundos imobiliários, com a expectativa de que a redução da Selic pelo Banco Central possa ser o gatilho da recuperação.

Segundo Rafael Bellas, da InvestSmart, o mercado segue com ativos sólidos, incluindo imóveis de qualidade e vacância em níveis historicamente baixos. 

Na avaliação do especialista, o cenário recente foi marcado por uma piora nas expectativas em relação ao ritmo de corte dos juros, o que gerou pressão sobre ativos de risco. 

Esse movimento, no entanto, não altera a visão estrutural positiva do setor, que continua oferecendo alternativas de alocação para investidores em busca de renda e diversificação.

Artur Carneiro, da Éxes, reforça que o principal vetor de curto prazo é a taxa de juros, cuja trajetória impacta diretamente a precificação dos fundos.

Ele comenta que a reação imediata do mercado aos sinais de política monetária é típica, mas a tendência de médio prazo tende a beneficiar os FIIs, especialmente em um ambiente de inflação controlada e expectativa de afrouxamento monetário.

Juros e impacto sobre os fundos imobiliários

Bellas destaca que a curva de juros tem correlação negativa com os fundos imobiliários. Quando os rendimentos da renda fixa, como CDBs e títulos públicos, ficam mais atrativos, ocorre migração de recursos e pressão vendedora sobre os fundos. 

Por outro lado, a possibilidade de início do corte da Selic, atualmente em 15% ao ano, pode trazer fluxo positivo para o segmento.

Esse comportamento reflete o caráter mais sensível do segmento a mudanças na política monetária, mas também reforça a oportunidade para investidores que buscam se antecipar a esses movimentos. 

Para Carneiro, quem conseguir manter alocação em períodos de instabilidade tende a capturar ganhos adicionais no médio e longo prazo.

FIIs como proteção de longo prazo

Além do potencial de valorização das cotas, os fundos imobiliários oferecem mecanismos de proteção contra a inflação para investidores de longo prazo.

Nos chamados fundos de tijolo, os contratos de locação geralmente incluem reajustes anuais vinculados a índices inflacionários, o que garante que os rendimentos acompanhem a alta de preços. 

Os imóveis são reavaliados anualmente e podem se valorizar acima da inflação em casos de reformas ou melhorias conduzidas pela gestão.

Essa característica faz com que os fundos de tijolo sejam especialmente relevantes em momentos de inflação elevada, preservando o poder de compra da renda distribuída. 

Já os fundos de papel investem em ativos como CRIs, muitos deles atrelados à inflação. Dessa forma, os juros pagos pelos devedores incorporam a correção inflacionária e são repassados aos cotistas. Embora as cotas sejam voláteis no curto prazo, a renda tende a preservar o poder de compra ao longo do tempo.

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