Patricia Nader

Como a minha empresa pode se tornar mais ESG friendly?

No mercado consumidor, temos cada vez mais um olhar atento e exigente por práticas sustentáveis das empresas
Sem dúvida os parâmetros que regem o ESG possuem uma importância muito relevante no mercado e prometem ampliar ainda mais espaço no mundo corporativo das gerações futuras. No mercado financeiro, o termo foi criado com o intuito de representar uma listagem de padrões, princípios ou parâmetros que, se adotados de forma correta, podem aumentar a visão da empresa entre investidores interessados em crescimento aliado à sustentabilidade e que gere também aumento de capital. E no mercado consumidor, temos cada vez mais um olhar atento e exigente por práticas sustentáveis das empresas.

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Como reação, empresas e startups, aplicadas a modelos de negócios ou a produtos e serviços, estão ampliando seu leque de opções e atuando de forma a implantar o ESG no seu dia a dia. Sendo, no âmbito empresarial, as atitudes voltadas para a solução de questões sociais e ambientais têm sido valorizadas, e na atuação das startups, com a promoção de um mercado com alternativas mais sustentáveis, devido ao seu potencial de desenvolvimento de produtos alinhados aos princípios do ESG.

Mesmo para o caso de empresas com foco único e exclusivamente financeiro, vale a pena sim implementar práticas de gestão que sejam mais preocupadas com os pilares de meio ambiente, sociedade e governança, gerando um alinhamento entre essas frentes. Entendendo as novas demandas do mercado, a implementação de práticas de gestão ESG na empresa deve seguir alguns passos e com isso, gerar resultados relevantes.

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Para auxiliar nesse processo, uma metodologia muito interessante criada pela consultoria KPMG resume em sete etapas o processo para uma implantação eficiente de práticas ESG nas empresas. Sendo:
1 – Realização de um diagnóstico: é imprescindível para entender o nível de maturidade ESG que a empresa já alcançou e o que ainda precisa melhorar. Sem entender sua realidade atual, torna-se impossível ser ESG de verdade.
2 – Elaboração de estratégia e definição de um propósito: após a realização do diagnóstico, tendo um panorama atualizado da realidade da empresa, o próximo passo é definir qual o melhor caminho para alavancar a implantação do ESG.
3 – Planejamento visando a transformação: com as diretrizes bem definidas, é necessário um planejamento das mudanças que serão efetuadas, bem como o devido preparo nas áreas que serão passíveis de transformação para atingirem um patamar mais ESG friendly.
4 – Implementação das práticas detalhadas no planejamento: é iniciado um esboço de cada prática que foi selecionada na etapa de planejamento e a seleção de apoiadores, colaboradores ou patrocinadores para implementação das práticas.
5 – Cálculos e medição de custos, impactos e afins: após a implementação das novas práticas, a etapa seguinte é a definição das métricas de cada ação realizada, em especial das que a empresa selecionar como as mais importantes e fazer um monitoramento periódico.
6 – Reportar as ações realizadas e as métricas obtidas: o monitoramento e divulgação das ações realizadas na empresa e os resultados obtidos, auxilia a organizar as informações segundo os padrões internacionais de ESG.

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7 – Questionamento e verificação constantes: a empresa deve sempre monitorar os processos, de acordo com as métricas obtidas, para verificar se os resultados estão sendo atingidos, se são alinhados aos preceitos ESG, de forma que a organização geral da empresa esteja sempre evoluindo.
Entre os exemplos de benefícios gerados com a adoção de práticas sustentáveis, estão a redução de custos por meio da implantação de um sistema de eficiência energética ou o uso consciente da água, por exemplo. Além disso, ser ESG friendly contempla também o nível de engajamento da cadeia de produção da empresa, começando pela adequação de fornecedores até chegar no cliente final, sendo a aplicação de melhores práticas ESG em todas as partes envolvidas no negócio. As empresas devem fazer mais do que apenas reduzir seus impactos negativos na sociedade ou no meio ambiente ou contribuir com doações em dinheiro para ONGs. A definição de um propósito de geração de valor real para o meio ambiente, para a sociedade como um todo, sem deixar de pensar na governança, tampouco esquecendo que o resultado financeiro gera um valor positivo para as empresas e demonstra comprometimento em levar suas atividades de engajamento social para o próximo nível, implantando seus principais produtos e serviços para o bem da sociedade.

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Nota

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