Frederico Cavalcanti

A importância das ações na composição da carteira de investimentos

Muitas vezes, ao iniciar a jornada de investimentos, o investidor vai alocando seu capital em ativos que acha interessante, sem se preocupar com a função de cada ativo no portfólio.

O principal fator na elaboração de uma carteira de investimentos é a adequação ao perfil de risco do investidor. Muitas vezes, ao iniciar a jornada de investimentos, o investidor vai alocando seu capital em ativos que acha interessante, sem se preocupar com a função de cada ativo no portfólio.

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E as ações fazem parte de uma classe de ativos que deveria estar presente na carteira de todos os investidores, ajustando-se o tamanho da exposição à tolerância ao risco.

Devemos pensar cada ativo que investimos como cumprindo um objetivo, alguns pensando em potencial de crescimento, outros em diminuir a volatilidade, ou o que for necessário especificamente para cada um.

Com isso em mente, existe uma classe de ativos que obteve o melhor retorno histórico se comparado com as demais e deveria ser considerado por todos os investidores que tenham uma tolerância ao risco maior, que são as ações.

Um estudo realizado pelo economista Jeremy Siegel em seu livro “Investindo em ações no longo prazo” mostra o retorno real das diferentes classes de ativos durante o período de mais de 200 anos, o gráfico abaixo ilustra esse resultado, com as ações tendo o melhor retorno com uma margem relevante.

Aqui cabe uma ressalva, que os investidores mais conservadores devem realizar alocações nessa classe de ativo com parcimônia, pois apesar de no longo prazo ter tido os melhores retornos, nesse caminho apresentou momentos de grande volatilidade.

Como pode ser observado no gráfico acima, o retorno real da carteira de ações ficou acima de 6% ao ano, o que significa que, em média, o valor dobrou a cada 10 anos.

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Levando em consideração a realidade brasileira, onde os juros são historicamente mais altos, muitas pessoas buscam se refugiar na renda fixa e deixam o mercado acionário de lado. Em certos momentos, essa estratégia pode ser acertada, visto que atualmente a taxa básica de juros está em um patamar acima de 1% ao mês, no entanto, se pensarmos no longo prazo, existem momentos em que o retorno real da renda fixa pode ser negativo, dado o histórico hiperinflacionário do Brasil.

Desse modo, se levarmos em consideração o longo prazo, tendo em mente a composição da carteira e a tolerância ao risco do investidor, é recomendável ter uma posição perene em ações.

O investidor que desconsidera essa classe de ativos corre o risco de ter uma perda do seu poder de compra com o passar do tempo. Como demonstrado no gráfico, a renda fixa teve um retorno pequeno, se considerarmos a inflação, e o dólar americano inclusive teve um retorno abaixo da inflação, ou seja, caso o investidor tivesse alocado seu capital 100% na moeda americana, depois de 200 anos ele teria perdido uma parte do seu poder de compra.

Um outro ponto a ser levado em consideração é o movimento errático do mercado de ações. Como pode ser acompanhado no gráfico, o investidor que investiu nas ações e segurou esse investimento no tempo teve um excelente retorno. Em comparação, o investidor que gira muito a carteira, pode acabar perdendo alguns desses momentos de alta das ações e ficar com uma fração do retorno, caso não tivesse feito essas movimentações. Além dos custos operacionais gastos na compra e venda dos ativos.

Portanto, as ações compõem uma parte importante na carteira de investimentos, com seu retorno comprovado nos últimos 200 anos, deve ser ponderada como uma opção de composição do patrimônio, levando em conta o perfil de risco de cada investidor.

Esta matéria foi escrita pelo time da Suno Consultoria. Para conhecer melhor este serviço da Suno, clique aqui

Fonte: SIEGEL, Jeremy J. Investindo em ações no longo prazo: o guia indispensável do investidor do mercado financeiro. – 5. ed – Porto Alegre: 2015.

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Nota

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