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China tem superávit comercial de US$ 66,76 bilhões em setembro

China tenta resgatar setor imobiliário. Foto: Pixabay

China. Foto: Pixabay

A China teve superávit comercial de US$ 66,76 bilhões em setembro, informou nesta quarta-feira (13) a Administração Geral Aduaneira do país asiático. As exportações aumentaram 28,1% ano a ano, durante o mês, enquanto as importações subiram 17,6% em um ano.

O resultado veio acima das expectativas de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam um superávit de US$ 50,5 bilhões para a China no mês. Os números também mostram avanço em relação ao superávit registrado em agosto, que foi de US$ 58,3 bilhões.

O crescimento das exportações da China em setembro foi inesperado. A segunda maior economia do mundo teve uma recuperação acelerada da pandemia, mas há sinais de que essa recuperação já está perdendo força.

Segundo especialistas consultados pela Reuters, o avanço no período foi ancorado na demanda global ainda sólida, que compensou algumas das pressões sobre as fábricas devido à falta de energia, além de gargalos de fornecimento e ressurgimento de casos de Covid-19.

A última pesquisa da Reuters mostra que analistas reduziram suas expectativas para o PIB da China para 8,2%, de 8,6% visto em julho, com uma desaceleração adicional para 5,5% em 2022. No terceiro trimestral, o crescimento pode ter esfriado para apenas 0,5%, de 1,3% entre abril-junho.

Relação comercial China-EUA

O superávit comercial da China com os EUA atingiu um recorde mensal de US$ 42 bilhões em setembro – as exportações aumentaram cerca de 30% em relação ao ano anterior, enquanto as importações subiram menos: 17%. Com isso, os Estados Unidos continuaram sendo o maior parceiro comercial da China.

O destaque está na compra de commodities. As importações chinesas de carvão e produtos relacionados aumentaram 76% em relação a setembro de 2020, para 32,9 milhões de toneladas – o maior nível mensal desde dezembro. O valor dessas importações de carvão mais do que triplicou com relação ao ano anterior, para US$ 3,91 bilhões.

Um dos motivos para tanta demanda é a escassez de carvão que forçou cortes de energia nas fábricas da China e levou as autoridades a exigir mais importações do material, inclusive da Rússia.

Com informações de Estadão Conteúdo. 

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