CCR (CCRO3) mais do que dobra lucro, para R$ 688,9 milhões, com avanço da ViaQuatro
A CCR (CCRO3) teve no primeiro trimestre de 2021 um lucro líquido de R$ 688,9 milhões, crescimento de 137,8% na comparação com os R$ 289,7 milhões registrados no mesmo período do ano passado.
Segundo o documento publicado pela CCR na noite desta quinta-feira (13), o avanço do desempenho é justificado, em grande parte, pelo crescimento da receita líquida da companhia, que chegou a R$ 3,4 bilhões nos três primeiros meses de 2021, alta de 44,1% na comparação anual.
A CCR viu o seu faturamento com a ViaQuatro, sua subsidiária responsável pela linha amarela do metro de São Paulo, avançar 785,8% na base anual, para R$ 1,2 bilhão. No mesmo período do ano passado, o metrô da capital paulista foi mais impacto pela covid-19 e, além disso, a companhia, com a crise, conseguiu reajustar alguns termos do contrato com o governo de São Paulo, diminuindo suas responsabilidades.
Rebalanceamento de contrato da ViaQuatro impulsiona resultado da CCR
Excluindo o rebalanceamento da ViaQuatro, o resultado da CCR seria bem diferente: com um lucro de R$ 126 milhões, caindo 56,5% na base anual, e com uma receita de R$ 2,3 bilhões, caindo 3,7% no mesmo parâmetro.
No setor de pedágio, a CCR viu seu faturamento cair 1,3% na base anual, ficando em R$ 1,77 bilhão, com destaque para redução de 18,4% dos ganhos na NovaDutra, que liga a capital de São Paulo ao Rio de Janeiro, considerada a principal rodovia do país.
Ao mesmo tempo, os custos totais da CCR nos três primeiros meses de 2021 chegaram a R$ 1,94 bilhão, alta de 7,7% na comparação com o mesmo período do ano passado, com destaque para os gastos com depreciação e amortização, que avançaram 22,4%.
A CCR registra, com isso, um Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 2,27 bilhões entre janeiro e março de 2021, ante R$ 1,4 bilhão no mesmo período do ano passado – crescimento de 60,6%.
A companhia conseguiu ainda diminuir o seu prejuízo financeiro em 4,3% na base anual, para R$ 371,7 milhões. A dívida líquida da companhia ficou em R$ 13,6 bilhões no fim de março deste ano, estável na base trimestral e pouco menor do que os R$ 13,8 bilhões registrados no mesmo período de 2020.
A alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda, entretanto, diminuiu para 2,4, por conta do melhor resultado operacional.
Nem mesmo a alta dos gastos com impostos, que avançaram 162,5%, para R$ 571,7 milhões, impediram a CCR de registrar um lucro mais do que dobrando na comparação anual.
