Carrefour pode fazer novas aquisições no Brasil em 2020, diz CEO

O Carrefour (CRFB3) manterá seu projeto de expansão e pode fazer novas aquisições no Brasil em 2020. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (27) pelo CEO da companhia francesa, Alexandre Bompard.

De acordo com Bompard, mesmo após a compra de 30 unidades do Makro por R$ 1,95 bilhão, o Carrefour não exclui a possibilidade de novas aquisições no Brasil. O executivo salientou que todos os modelos de lojas do grupo estão apresentando bons resultados no País.

“Todos os sinais estão verdes, então aceleramos”, afirmou o CEO. “Estamos muito abertos em relação às aquisições”, completou o diretor financeiro da companhia, Matthieu Malige.

Além da aquisição de lojas do Makro para converter em unidades do Atacadão, o grupo também comprou 49% da fintech brasileira Ewally. Com a negociação, a companhia pretende lançar um banco digital.

“Agora que definimos modelos estáveis para os diferentes tipos de lojas no Brasil e temos um balanço financeiro sólido, poderemos aproveitar as oportunidades que se apresentarem no país”, afirmou Malige.

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O CEO da varejista francesa não comentou sobre possíveis aquisições em outros países. Bompard salientou somente que as aquisições devem contribuir para acelerar uma atividade que já é rentável.

Impactos do coronavírus nas operações do Carrefour

O CEO falou ainda sobre os impactos da epidemia de coronavírus nas operações do grupo. De acordo com Bompard, a doença é uma grande preocupação para a saúde dos funcionários e da cadeia de fornecedores.

Atualmente, a varejista não possui lojas na China, que é o principal país afetado pelo vírus. Entretanto, alguns dos produtos comercializados pela empresa são feitos em território chinês e importados.

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“Estamos estudando sistemas de fornecimento alternativos. Continuamos a trabalhar com diferentes opções, adaptados em função da evolução do vírus”, afirmou o executivo.

Na Itália, que é o quarto maior mercado da empresa e um dos países mais afetados pela doença, Bompard afirmou que ainda não é possível concluir o quanto as vendas serão impactadas. Isso porque, segundo o CEO, em alguns dias a população do país fica confinada, fazendo com que as vendas diminuam. Entretanto, em outros momentos as pessoas saem para as compras para estocar.

Em relação ao Brasil, as perspectivas da companhia continuam positivas, mesmo com a instabilidade do mercado após a confirmação do primeiro caso de coronavírus no País.

“O Brasil tem laços comerciais importantes com a China. Estamos acompanhando como a situação macroeconômica vai evoluir. É preciso aceitar a volatilidade quando temos negócios no Brasil e na América Latina. Mas mesmo em tempos difíceis no Brasil, mostramos nossa resiliência”, afirmou o diretor financeiro do Carrefour.

Giovanna Oliveira

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