BTG (BPAC11) vence leilão da rede de fibra da Oi (OIBR3)

O BTG Pactual (BPAC11) venceu nesta quarta-feira (7) o leilão da rede de fibra ótica da Oi (OIBR3).

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A rede da Oi, denominada InfraCo, tem 40 mil km de extensão.

O leilão durou 10 minutos, pois o BTG não teve concorrentes. O banco fundado por André Esteves comprou 51% do capital da InfraCo, por R$ 12,92 bilhões e assim assume  o controle acionário da empresa.

A operação foi levada adiante pela Sétima Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, responsável pelo processo de Recuperação Judicial da Oi.

Apesar disso, a operação ainda precisa ser aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e pala Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

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Agora, segundo o jornal O Globo, o BTG deve deve abrir o capital da InfraCo. Além disso, fontes disseram ao jornal que os fundos geridos pelo BTG planejam aportar até R$ 30 bilhões na companhia, até 2030.

Vale lembrar que em abril, a tele havia comunicado ao mercado que recebeu a proposta dos fundos geridos pelo BTG para se tornarem sócios da unidade de fibra ótica da operadora juntamente com a Globenet.

O edital de venda de parte do capital da InfraCo foi publicado em 1º de junho no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro. Após a publicação, houve um prazo de sete dias úteis para a manifestação de interesse em participar da disputa pelo ativo.

Dessa forma, o leilão da InfraCo foi semelhante ao de ativos móveis que só recebeu uma proposta, a do consórcio TIM (TIMS3), Vivo (VIVT3) e Claro.

Leilão de ativos móveis da Oi ainda enfrenta entraves

Apesar de ter acontecido em dezembro do ano passado, o leilão ainda tem enfrentado obstáculos para ser concluído.

O parecer de ex-membros do Cade encomendado pela Neo, associação de 180 provedores regionais à internet, divulgado na terça-feira (6), aponta que a aquisição dos ativos móveis da Oi pelo consórcio terá como consequência o aumento nos preços dos serviços e a redução nos investimentos. A compra do consórcio, por R$ 16,5 bilhões, ainda está em análise no Cade e Anatel.

Como solução, as entidades propõem que a venda dos ativos móveis ocorra de forma fatiada, de forma que pulverize o poder de mercado da operadora. Portanto, TIM, Vivo e Claro poderiam adquirir uma fatia menor do negócio de telefonia da tele em recuperação judicial.

É válido lembrar que após o encerramento dos processos do leilão, a Oi deve iniciar a caminhada com suas próprias pernas, ou seja, a operadora terá dinheiro no caixa e condições para sair da recuperação judicial A partir disto, o mercado irá acompanhar seus investimentos em fibra ótica, setor do qual a companhia já informou que estará focada.

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Laura Moutinho

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