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Braskem (BRKM5) recebe oferta de R$ 10 bilhões da J&F, dos irmãos Batista

J&F, dos Irmãos Batista. Foto: Reprodução

J&F, dos Irmãos Batista. Foto: Reprodução

A Braskem (BRKM5), que vem sendo assediada por ofertantes há meses, recebeu uma oferta de R$ 10 bilhões pela fatia da Novonor. A proposta foi feita pela J&F, holding dos irmão Batista, donos da JBS (JBSS3). As informações são do Pipeline.

Atualmente a Novonor é controladora da Braskem e sua fatia representa 50,1% do capital votante e 38,3% do capital social total.

A oferta teria sido feita na noite de terça (11), sendo apresentada aos bancos credores da Novonor – que atuam diretamente nas negociações.

Assim, a J&F se soma às demais interessadas na Braskem, como a Companhia de Petróleo de Abu Dhabi (ADNOC) – que fez oferta conjunta com a Apollo Asset Management – e a Unipar (UNIP6).

O valor é o mesmo ofertado pela Unipar, porém prevê uma compra de uma fatia societária diferente, sem deixar nada para a Novonor – da família Odebrecht – o que agrade os credores, conforme o Pipeline.

A Apollo e Adnoc, por sua vez, ofertaram R$ 47 por ação e aceitaram ser sócios da Petrobras na companhia.

Petrobras começou processo de análise que pode levar à compra de ações na Braskem

A Petrobras (PETR4) solicitou acesso ao virtual data room da Braskem, iniciando na segunda (10) o processo de due diligence, ou seja, uma análise mais profunda e completa sobre os números da Braskem.

O processo de análise ocorre conforme as regras previstas no acordo de acionistas da Braskem, assinado entre Petrobras e Novonor, controladora da Braskem, e poderia servir para um eventual exercício de tag along ou de direito de preferência na compra de ações que a Novonor vendesse posteriormente.

Apesar do processo de due diligence ter se iniciado, a diretoria executiva e o conselho de administração da Petrobras não tomaram qualquer decisão sobre o processo de venda ou de aumento de participação na Braskem.

Assim, a Petrobras ressalta que essa seria apenas uma das etapas necessárias referente aos direitos de tag along e de preferência que estão previstos no acordo de acionistas.

A Petrobras destaca que “decisões sobre investimentos e desinvestimentos são pautadas em análises criteriosas e estudos técnicos, em observância às práticas de governança e aos procedimentos internos aplicáveis.

Petrobras pode se tornar controladora?

Ainda no mês de junho, o portal Broadcast apontou que a Petrobras tinha a pretensão de se tornar controladora da Braskem, o que representaria a retomada do projeto original que se iniciou no ano de 2007.

Cabe lembrar que a Petrobras tem direito de preferência na compra de ações da Braskem, mas a atual controladora da empresa é a Novonor, antiga Odebrecht, com participação de 50,1%. A estatal brasileira vem logo em seguida com participação acionária de 47%.

Depois da notícia veiculada pelo Broadcast e por outros veículos de imprensa na época, a Braskem solicitou esclarecimentos à Petrobras que, em comunicado emitido ao mercado, disse que “a atuação no setor petroquímico é um dos pontos do Plano Estratégico 2024-2028”.

Além disso, a Petrobras informou que não havia qualquer decisão da diretoria executiva ou do conselho de administração em relação ao processo de desinvestimento, ou de aumento de participação na Braskem.

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