Grana na conta

Braskem (BRKM5): Moradores de Maceió movem ação coletiva na Holanda, diz jornal

Moradores de Maceió, em Alagoas, entraram com uma ação coletiva contra a Braskem (BRKM5) na Holanda, onde fica a sede da companhia na Europa, de acordo com o jornal Valor Econômico. A ação tem como objetivo uma compensação financeira pelo afundamento do solo em bairros da cidade, associado à atividade de extração de sal-gema da Braskem.

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De acordo com o jornal, os escritórios que representam os moradores dizem que a abertura da ação na Holanda foi motivada pela “falta de perspectiva de indenizações e a demora da Justiça local”.

Os moradores de Maceió estão sendo representados pela PGMBM, que também representa as vítimas do rompimento da barragem da Samarco em Mariana, em uma ação iniciada no Reino Unido. No caso da Braskem, a PGMBM está atuando em parceria com os escritórios Neves Macieywski, Garcia e Advogados Associados e Lemstra Van der Korst, segundo a reportagem.

Em nota ao jornal, a advogada Gabriella Bianchini, sócia do PGMBM, declarou que o que ocorreu em Maceió foi “outra tragédia ambiental causada pelas atividades da mineração”. “As vítimas foram negligenciadas pela Braskem e seu esquema de indenização foi completamente inadequado. Recentemente a Braskem vem divulgando novos acordos com autoridades brasileiras, mas o nível das indenizações oferecidas às vítimas continua insuficiente, forçando-as a levar o caso para justiça ao centro financeiro da mineradora na Holanda”, afirma.

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Cerca de 15 mil famílias foram atingidas pelo problema geológico em Maceió, que foi relacionado às atividades de extração de sal-gema da petroquímica pelo Serviço Geológico Brasileiro (CPRM) no início de 2019.

Braskem estima gastar R$ 10,1 bilhões por problema em Alagoas

No início de fevereiro, a Braskem afirmou que as provisões para o problema enfrentado pela companhia em Maceió (Alagoas) devem atingir R$ 10,1 bilhões.

Dentre o montante, apenas cerca de R$ 1,2 bilhão já foram consumidos. Outros R$ R$ 8,8 bilhões foram provisionados no quarto trimestre do ano passado, segundo informou a Braskem.

O fenômeno de afundamento do solo que afeta a cidade, causada após um terremoto que afetou a operação de 35 poços de extração de sal-gema, deve fazer com que o montante seja gasto pela Braskem nos próximos cinco anos.

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Natalia Gómez

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