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Ações do Bradesco (BBDC4) despencam após lucro abaixo do esperado no 3T; entenda

Bradesco (BBDC4)

Bradesco (BBDC4). Foto: iStock

As ações do Bradesco (BBDC4) estão recuando mais de 3,5% no início da sessão desta quinta-feira (30), após a divulgação dos resultados do terceiro trimestre de 2025 (3T25) do banco. O movimento ocorre mesmo com o avanço de quase 19% no lucro líquido recorrente na comparação anual, para R$ 6,2 bilhões.

Por volta das 10h30 (horário de Brasília), as ações BBDC4 caíam 3,77%, cotados a R$ 18,12, liderando as perdas do Ibovespa, seguidas pelos papéis ordinários do Bradesco, negociados sob o ticker BBDC3. O desempenho negativo reflete a frustração de parte dos investidores, que esperavam números acima das projeções dos analistas.

A reação ocorre após uma sequência de valorização consistente ao longo de 2025, em que os papéis do banco acumularam alta de cerca de 60% até o fechamento de quarta-feira (29).

Bradesco (BBDC4) teve bom 3T, mas não surpreendeu

O banco apresentou lucro líquido recorrente de R$ 6,2 bilhões no 3T25, alta de 18,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Ainda assim, as ações do Bradesco reagiram negativamente, refletindo o sentimento de que os números não surpreenderam.

A margem financeira total cresceu 16,9%, alcançando R$ 18,7 bilhões, impulsionada pela expansão de 19% na margem com clientes, para R$ 18,6 bilhões.

A margem líquida aumentou 14,4% e o retorno sobre o patrimônio (ROAE) atingiu 14,7%, levemente acima dos 14,5% projetados pela XP.

O dado de receita líquida de juros (NII) subiu 17% em relação ao ano anterior, superando em 2% as expectativas da XP. O avanço foi sustentado por spreads mais fortes e melhora na qualidade da carteira de crédito.

A receita de serviços cresceu 7% na base anual, enquanto o segmento de seguros manteve rentabilidade acima de 20% de ROE. A inadimplência acima de 90 dias ficou estável em 4,1%, e as despesas operacionais subiram de forma moderada, mantendo o índice de eficiência próximo a 50%.

De acordo um relatório divulgado pelo JPMorgan, os investidores otimistas esperavam que o banco reportasse um lucro ainda maior, entre R$ 6,4 bilhões e R$ 6,5 bilhões.

O banco norte-americano classificou os números do Bradesco (BBDC4) como “bons, mas dentro das expectativas”, destacando que parte da pressão veio de despesas superiores ao previsto e recomposição de provisões.

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