Boeing descobre novo problema na produção de seu 787

A companhia de desenvolvimento aeroespacial Boeing (Nyse: BA) comunicou nesta terça-feira (8) que encontrou outro problema de manufatura que está barrando as entregas de seu 787 Dreamliner.

A fabricante comunicou que partes das seções da cauda do modelo foram ligadas de forma inadequada durante a montagem. O problema poderia levar a fadiga prematura do material de estruturas compostas de carbono no estabilizador horizontal ou estrutura semelhante a uma asa traseira da aeronave. A Boeing disse que os problemas afetaram os jatos não entregues e foram encontrados “cedo neste ano”.

A empresa norte-americana suspendeu, no mês passado, oito modelos 787 por conta de problemas de produção, que levaram reguladores de segurança aérea dos Estados Unidos a revisar os lapsos de controle de qualidade que remontam a quase um década, segundo memorando interno do governo federal e pessoas a par do assunto. As informações são do jornal “The Wall Street Journal”.

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Nesse sentido, a agência civil estadunidense de regulação Federal Aviation Administration informou que está investigando falhas na produção dos modelos 787 Dreamliners, porém ainda era muito cedo para determinar se irá demandar novas inspeções.

A fabricante realizou a entrega de quatro modelos no mês de agosto, enquanto a taxa de produção de 10 continua a superar a entregas para clientes. A Boeing comunicou que espera que os obstáculos impactem entregas “no curto prazo”.

A Boeing ainda disse que informou a agência reguladora e determinou que não se tratava de um problema de segurança de voo imediato. “Estamos corrigindo o problema em aviões que não foram entregues. Uma análise está em andamento para determinar se uma ação é necessária na frota em serviço”, comunicou a empresa.

Não é só a pandemia para a Boeing

Os problemas de produção se juntaram às restrições de viagens e às determinações de isolamento social, que desaceleraram as entregas da Boeing e da sua rival Airbus. Os contratempos pressionaram a saúde financeira das empresas, visto que a maior parte do pagamento por uma aeronave é realizada após o recebimento do produto.

Até o final de agosto, a Boeing entregou 84 jatos. Além dos 787, as todas as entregas envolveram aeronaves de carga ou aviões militares, incluindo dois KC-46A tanques, dois aviões de vigilância P-8, três cargueiros 777 e dois jatos de carga 767.

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Arthur Guimarães

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