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BNDES divulga lista com os seus 50 maiores clientes

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O BNDES divulgou nesta sexta-feira (18) a lista dos seus 50 maiores clientes.

Na lista, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) indicou todas as operações realizadas nos últimos 15 anos com essas empresas. O banco público criou uma página para organizar as informações que estavam disponíveis de forma fragmentada e de difícil acesso. Os dados estão agora concentrados em um único link.

De acordo com o BNDES, os dados sobre esses 50 grandes clientes já estavam no site. Entretanto, as informações estavam divididas em várias páginas e separadas por linhas de financiamento. Uma divisão que deixava as informações disponíveis de difícil acesso “para a maioria das pessoas”.

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Segundo o banco, é a “primeira vez” que esses dados são disponibilizados
ao público “neste formato”. Para o BNDES, o objetivo dessa unificação de dados é “tornar a navegação mais amigável e acessível”. Segundo o banco, é necessário conferir mais transparência e facilitar ao público entendimento sobre suas operações e investimentos.

“Apesar da variedade de informação que o banco tem disponibilizado nos
últimos três anos, há uma percepção de que os dados frequentemente estão
disponíveis de uma maneira difícil para a maioria das pessoas”, informou o BNDES em nota, “A disponibilização da lista, com acesso a um grande número de detalhes de cada operação, é parte do esforço de transparência que o Banco tem feito e que deve ser a marca das suas ações sempre”.

A página do BNDES onde foram inseridos os dados permite ao usuário diversas análises. É possível visualizar cada operação efetuada com os 50 maiores tomadores de recursos dos últimos 15 anos (2004 a 2018). Além disso, estão disponíveis análises trienais que mostram os principais clientes por período.

Além disso, a nova página permite identificar se os recursos emprestados do BNDES foram empréstimos ou investimento em renda variável. O BNDES, além de fornecer crédito, também compra de ações e entra na estrutura societária das empresas. Operações realizadas através de seu braço operacional, o BNDESPar.

A intenção de publicar os dados do BNDES tinha sido antecipada pelo novo presidente do banco, Joaquim Levy. Em seu discurso de posse, realizado no começo de janeiro, Levy salientou como esses dados já estavam disponíveis no site, mas em um formato “difícil para a maior parte das pessoas entender”.

Bolsonaro comemora a decisão

Em sua conta no Twitter, o presidente da República, Jair Bolsonaro, comentou a decisão do BNDES.

“Ainda vamos bem mais a fundo! BNDES divulga interessante link identificando os países que usaram os recursos financeiros do Brasil e os motivos dos empréstimos. Tire suas conclusões”, escreveu Bolsonaro.

O então candidato do Partido Social Liberal (PSL) tinha prometido durante sua campanha eleitoral de “abrir a caixa preta do BNDES”. Bolsonaro acusou várias vezes os governos anteriores de utilizar o banco para operações ilegais. Por isso, ele prometeu que iria aumentar a transparência das operações do banco.

Petrobras lidera os empréstimos

Desde 2004, o maior cliente do banco é a Petrobras, com R$ 62,429 bilhões e empréstimos concedidos. Segue a Embraer, com R$ 49,377 bilhões, a Norte Energia, com R$ 25,338 bilhões, a Vale com R$ 28,489 bilhões e a construtura Odebrecht com 18,133 bilhões.

Entretanto, no período 2016-2018 os maiores tomadores de recursos do BNDES foram:

Contratos no exterior

Além dos 50 maiores clientes, o BNDES divulgou também informações sobre os contratos de exportação de bens e serviços. Também estão listados os financiamentos a serviços de engenharia para projetos em outros países.

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Se tornou possível acessar, na íntegra, aos contratos assinados entre o banco público, o país importador e a empresa brasileira exportadora de bens e serviços de engenharia.

Entre os contratos disponíveis estão os projetos na Argentina, Paraguai, Peru e Venezuela, Honduras, Equador, Costa Rica, Guatemala, México, República Dominicana e Cuba, Angola, Gana e Moçambique.

Bolsonaro sempre foi um forte crítico aos empréstimos do BNDES a países como a Venezuela. Segundo ele, dessa forma o Brasil “patrocinava o socialismo”.

 

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