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BNDES pode devolver R$ 100 bi ao Tesouro Nacional, diz conselheiro

Em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o BNDES fez mais uma venda de ativos de sua carteira de investimentos.

Em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o BNDES fez mais uma venda de ativos de sua carteira de investimentos.

O conselheiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Carlos Thadeu de Freitas, disse nesta sexta-feira (21) que o banco poderá devolver cerca de R$ 100 bilhões ao governo em 2019.

Segundo o conselheiro, o intuito da devolução é de ajudar nas contas públicas. Assim, Thadeu ressaltou que o BNDES já devolveu aproximadamente R$ 30 bilhões neste ano e que deve quitar os R$ 70 bilhões restantes até o final do ano.

“As contas públicas não podem piorar. Está todo mundo no mesmo barco e se piorar todo mundo afunda junto”, afirmou o economista.

Dentro do BNDES, há receios de que as devoluções possam trazer riscos financeiros ao banco. Entretanto, Thadeu disse que a instituição tem espaço e fôlego para realizar as operações.

Recursos do FAT

Com a aprovação da reforma da Previdência, o BNDES não receberá uma de suas principais fontes de financiamento. Cerca de 40% dos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) são destinados a instituição.

“Se isso for aprovado, seria só para 2020. Aí tem que ver como vai ficar a devolução dos demais recursos. No total, faltam uns R$ 200 bilhões”, afirmou o conselheiro do banco.

Redução do BNDES

Thadeu declarou que o foco da instituição agora deve ser o financiamento para obras de infraestrutura e para médias e pequenas empresas. Com isso, os empréstimos do banco não devem ultrapassar R$ 70 bilhões anuais.

O economista também falou sobre a redução do número de funcionários do BNDES. Atualmente, a instituição conta com cerca de 2.500 funcionários. Por meio de um Programa de Demissão Voluntária (PDV), o número deve cair para no máximo 1.800 pessoas.

Para 2019, a previsão de Carlos Thadeu de Freitas é de que a instituição empreste R$ 65 bilhões. Todavia, o valor dos empréstimos foi de R$ 69,3 bilhões em 2018.

Desvinculação do banco aos recursos do Tesouro

O relator da reforma da Previdência, Samuel Moreira (PSDB-SP), disse que os recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para o BNDES devem acabar. A declaração ocorreu na última terça-feira (18) durante a Comissão Especial da Reforma da Previdência na Câmara.

Saiba mais: Samuel Moreira: BNDES tem que desmamar dos recursos do Tesouro

Samuel Moreira foi questionado pelo deputado José Guimarães (PT-CE) sobre como o banco financiaria o desenvolvimento do País após a retirada de recursos do FAT para o BNDES. Segundo Moreira, a prioridade é desvincular o banco dos recursos do Tesouro.

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